Dublin: autor do atentado é argelino com passagem pela polícia
A polícia irlandesa tem mantido silêncio sobre o perfil do autor do atentado em Dublin, que ocorreu em 23 de novembro e deixou quatro feridos, sendo três crianças e uma mulher. Apesar disso, a imprensa já...
A polícia irlandesa tem mantido silêncio sobre o perfil do autor do atentado em Dublin, que ocorreu em 23 de novembro e deixou quatro feridos, sendo três crianças e uma mulher. Apesar disso, a imprensa já confirma que o agressor é de origem argelina e que esteve em vias de ser expulso do país.
As informações são divulgadas com cautela, a fim de evitar o aumento da revolta popular, que vem sendo canalizada de modo violento por grupos contrários às políticas de imigração.
O agressor foi da Argélia para a Irlanda há mais de uma década e esteve preso em 2003, quando deveria ter sido expulso, mas conseguiu recorrer da decisão, afirma o Sunday Times.
Após processo de revisão no Tribunal Superior, a ordem de expulsão foi revogada. Em 2008, o migrante argelino conseguiu autorização para permanecer na Irlanda, obtendo, posteriormente, a cidadania irlandesa.
Em 2022, ele foi detido por porte de faca e por danificar um carro, após um incidente. O juiz acabou por não emitir uma ordem de prisão, devido aos seus “graves problemas de saúde mental”.
O agressor se encontra em um hospital de Dublin. Ele tem ferimentos na cabeça, provavelmente devido à pancada que levou do brasileiro Caio Benício.
Caio trabalha como entregador em Dublin e fazia uma entrega quando viu o homem atacando com uma faca monitores de uma creche e uma criança de aproximadamente 5 anos de idade: “Eu parei a moto e o vi esfaqueando a menininha no peito. Eu não tive tempo de pensar. Fui para cima, tirei o capacete, até para me proteger, e acertei com o capacete na cabeça e ele caiu”, disse o motoboy.
O brasileiro foi recebido pelo primeiro-ministro da Irlanda e homenageado com uma medalha pelo seu ato de coragem.
Uma onda de violência sem precedentes eclodiu em Dublin após o atentado. O astro irlandês do MMA, Conor McGregor, seguido por milhões de pessoas, escreveu no X (antigo Twitter): “Não perderemos mais mulheres e crianças para pessoas distorcidas que nem deveriam estar na Irlanda. Estamos em guerra”.
Há um aumento do sentimento anti-imigração na Irlanda. A tensão social vem aumentando também devido à sobrecarga do sistema de proteção social, desde a chegada de migrantes da Líbia e da Síria, e depois de quase 100.000 refugiados ucranianos, uma das proporções mais elevadas da UE em relação à população.
Segundo dados oficiais, os pedidos de asilo aumentaram mais de cinco vezes em 2023.
A polícia da Irlanda registrou 127 protestos “anti-imigração” desde o início do ano.
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