Ditadura de Maduro oferece recompensa por González
Polícia do regime chavista pretende pagar R$ 620 mil a quem tiver informações do líder da oposição Edmundo González, dias antes da posse de Maduro
A poucos dias da posse do ditador Nicolás Maduro, as autoridades venezuelanas anunciaram uma recompensa de US$ 100 mil, o equivalente a R$ 620 mil, aos cidadãos que tiverem informações sobre o líder oposicionista Edmundo González Urrutia, autoproclamado vencedor das eleições de 28 de julho.
Nas redes sociais, a polícia venezuelana publicou um cartaz com a foto de González com o escrito: “Procurado”.
Em 2 de setembro, a Procuradoria-Geral da Venezuela expediu mandado de prisão contra Edmundo González. O órgão, controlado pelo chavismo, intimou o diplomata para prestar depoimento, por três vezes, sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho.
Reconhecido pelos EUA e por outros países europeus como presidente eleito, González segue afirmando que irá a Caracas tomar posse. Ele não revela, contudo, como chegará à capital venezuelana.
Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.
Exílio na Espanha
Desde o dia 8 de setembro, González está exilado na Espanha.
Segundo o ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, o opositor de Maduro terá a confirmação da concessão do asilo político nos próximos dias.
Fraude
Em novembro, a Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) encerrou o caso que contestava a fraude eleitoral do ditador.
Dois ex-candidatos presidenciais, Enrique Márquez e Antonio Ecarri, enviaram pedidos para que a Corte conferisse os números e abrisse os dados mesa por mesa.
A Sala Constitucional do TSJ, contudo, não divulgou os argumentos usados para validar o resultado oficial das eleições.
Prisões
Segundo a ONG Povea, 24 pessoas foram mortas e 200 ficaram feridas nos protestos contra as ilegalidades na eleição.
Desde o dia 28 de julho, estima-se que as forças de Maduro prenderam 2.400 pessoas.
A ONG Foro Penal, que atua em defesa dos direitos humanos na Venezuela, denunciou que 69 adolescentes, de 14 a 17 anos, estão presos.
O número dois de Maduro, Diosdado Cabello, admitiu a detenção ilegal de menores.
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