Ditadura de Maduro liberta ativista Carlos Correa
Diretor da ONG Espacio Público foi solto pelo regime de chavista
O regime chavista libertou o diretor da ONG Espacio Público, Carlos Correa, nesta quinta-feira, 16.
“Nas primeiras horas deste 16 de janeiro, nosso diretor Carlos Correa foi solto. Agradecemos a todas as pessoas, organizações, governos e grupos que se juntaram à voz pela libertação. Continuamos o trabalho de defesa da dignidade humana .#Liberdade Total“, publicou a organização na rede social.
A ONG Espacio Público notificou o sequestro de Correa em 7 de janeiro.
No mesmo dia, sete políticos da oposição foram presos pelos agentes do regime.
A esposa do ativista, Mabel Calederín, afirmou não ter sido informada sobre quais crimes o marido havia sido acusado. Mesmo assim, Mabel entrou com um pedido a um tribunal com jurisdição em terrorismo:
“Hoje fomos recebidos pelo 52º procurador nacional de crimes econômicos, Alirio Mendoza , que nos disse que a informação que nos podia oferecer era oportuna e que nos explicou que Carlos foi preso no dia 7 de janeiro, de fato , e foi apresentado no dia 9 de janeiro. com o advogado de defesa público“, disse.
“Progressista venezuelano”
Ligado a Maduro, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, argumentou que a ausência na posse ilegítima do ditador se deu em função da prisão de Correa:
“Tal como o nosso amigo Enrique Márquez, um proeminente progressista venezuelano, Carlos Correa, um proeminente defensor dos direitos humanos na Venezuela, foi preso. Este e outros fatos impedem a minha presença pessoal na cerimónia de posse de Nicolás Maduro”, afirmou o colombiano.
Petro comemorou a soltura do ativista nesta quinta-feira, 16:
“O defensor dos direitos humanos Carlos Correa foi libertado na Venezuela. Quando a trégua entre o Hamas e Israel fala na libertação de centenas de reféns de ambos os lados; Quando Cuba libertou mais de 500 prisioneiros, é importante para a paz nas Américas que a Venezuela liberte todas as pessoas detidas no âmbito das eleições e pós-eleições, incluindo os 12 colombianos detidos no seu território.“
Recorde de presos
A ONG Foro Penal, que atua em defesa dos direitos humanos na Venezuela, publicou um balanço no qual aponta recorde de presos políticos no país no século XXI.
“Registramos o maior número de presos com fins políticos conhecido na Venezuela, pelo menos no século XXI. Continuamos recebendo e cadastrando detidos“, afirmou a Foro Penal.
De acordo com a organização, existem 1.697 presos políticos, sendo 1.495 homens e 202 mulheres, desde 2 de janeiro.
No balanço, a Foro Penal destaca que são 1.552 pessoas presas sem condenação, 145 condenados, 112 ainda sem julgamento e 15 sem status.
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