Ditadura de Maduro: dois presos políticos mortos em 72hs
Oswual González, um preso político venezuelano de 43 anos, faleceu nesta segunda-feira, 16 de dezmebro, na prisão de Tocuyito, localizada no estado de Carabobo. Segundo informações preliminares, a causa de sua morte está relacionada à falta de assistência médica adequada, após apresentar problemas de hipertensão e fortes dores abdominais, exacerbadas por uma condição hepática preexistente....
Oswual González, um preso político venezuelano de 43 anos, faleceu nesta segunda-feira, 16 de dezmebro, na prisão de Tocuyito, localizada no estado de Carabobo.
Segundo informações preliminares, a causa de sua morte está relacionada à falta de assistência médica adequada, após apresentar problemas de hipertensão e fortes dores abdominais, exacerbadas por uma condição hepática preexistente.
González havia sido detido em 1º de agosto no estado de Lara, a cerca de quatro horas da capital Caracas, junto com seu filho de 19 anos, que permanece encarcerado.
Sua prisão ocorreu logo após as eleições presidenciais do dia 28 de julho, em meio a intensas manifestações populares que eclodiram em todo o país em resposta aos resultados eleitorais que proclamaram Nicolás Maduro como vencedor.
Repressão
As reações à insatisfação popular foram severas; ao menos 27 pessoas foram assassinadas e cerca de 200 ficaram feridas durante os protestos.
Maduro utilizou as prisões já existentes, como Tocuyito e Tocorón, tradicionalmente destinadas a criminosos comuns, para prender opositores políticos. As detenções de manifestantes totalizaram aproximadamente 2.300 indivíduos.
Familiares de González relataram que ele apresentava sinais de depressão desde sua chegada à prisão. Posteriormente, seu quadro clínico foi marcado por um forte dor abdominal e um diagnóstico inadequado.
Oswual González é o terceira ativista da oposição a morrer sob custódia da ditadura de Maduro nas últimas semandas.
Outros opositores mortos
Recentemente, o jovem Jesús Álvarez, de 22 anos, denunciou a morte de seu pai, Jesús Rafael Álvarez, também preso durante os protestos no dia 28 de julho.
O jovem revelou ter tomado conhecimento do falecimento do pai através da exibição de uma fotografia do corpo para reconhecimento. “Na imagem, meu pai estava irreconhecível: emagrecido, e com sinais visíveis de agressão”.
O jovem alegou que seu pai gozava de boa saúde antes da detenção e denunciou maus-tratos constantes durante o período em que esteve preso. Após muita insistência, o corpo do pai foi finalmente entregue à família.
A mãe de Jesús também está encarcerada; ambos foram detidos durante uma operação policial em sua residência.
No mês passado, outro ativista opositor, Jesús Manuel Martínez, um militante de 36 anos do partido Vente Venezuela, morreu na prisão Puente Ayala em Barcelona, no estado Anzoátegui.
Maria Corina Machado, líder opositora e presidente do partido, afirmou que a morte foi resultado das “condições desumanas” enfrentadas pelo ativista durante seu encarceramento.
Atualmente, estima-se que mais de 1.900 presos políticos ainda permaneçam nas prisões venezuelanas — um dos números mais altos do hemisfério americano, superando Cuba e Nicarágua.
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