Ditadura de Maduro começa a soltar presos políticos
Cerca de 1.700 pessoas continuam detidas por motivos políticos
Um total de 131 presos políticos venezuelanos, detidos depois da farsa eleitoral de 28 de julho, foram libertados no sábado, 16, pelas autoridades do país, de acordo com a ONG Fórum Penal.
Segundo a organização, após a soltura ainda continuam detidas cerca de 1.700 pessoas por motivos políticos.
“No FP, registamos e verificamos 131 libertações, realizadas por revisão de medidas pedidas pelo Ministério Público”, escreveu o diretor da ONG, Alfredo Romero, em publicação no X.
Romero afirmou que os presos libertados comparecerão a um tribunal nesta segunda-feira, 18, “para que lhe sejam aplicadas as medidas alternativas à prisão”.
“Para a maioria deles, não há liberdade plena e os processos judiciais continuam”, acrescentou.
Cinco menores libertados
Cinco adolescentes detidos nos protestos contra as eleições presidenciais de julho na Venezuela foram libertados de uma prisão no estado de La Guaira. A informação foi confirmada neste domingo, 17, pela ONG Observatório Prisional Venezuelano (OVP).
Em publicação no X, a organização afirmou que os menores foram libertados na noite de sábado. A ONG compartilhou um vídeo dos jovens a se reencontrando com as famílias fora do centro de detenção.
Outros quatro adolescentes continuam detidos no mesmo centro prisional, no estado de La Guaira, no norte da Venezuela.
“Exigimos que sejam totalmente libertados, como todos os detidos arbitrariamente durante os protestos pós-eleições”, afirmou a ONG.
Número 2 de Maduro admite prisão de crianças
O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, número 2 de Nicolás Maduro, reconheceu na quarta-feira, 13, que a ditadura venezuelana mantém crianças e adolescentes detidos em função dos protestos realizados após a farsa eleitoral de 28 de julho, que manteve Maduro no poder.
“Pobres crianças que estão detidas”, disse Cabello ironicamente no programa Con el Mazo Dando, que apresenta semanalmente na TV estatal venezuelana.
“Lá eles estão pressionando os pobres, pobres, pobres presos políticos. Pobres crianças que estão detidas. Os pais vão e fazem vigílias. Onde estavam aqueles pais nos dias 29 e 30 [de julho], que permitiram que seus filhos fossem para Guarimbear? Por que eles não se opuseram aos seus filhos? Onde eles estavam? Agora nós somos os maus.”
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
17.11.2024 16:48Pobres, pobres, pobres todos os venezuelanos, isso sim. O mais triste é saber que Maduro pode até apodrecer, mas os generais que mandam no País não deixarão o povo livre.