Diário detalha plano de assassinato de CEO e aumenta chance de pena de morte
Documentos apreendidos mostram planejamento meticuloso e motivações do assassino, que pode enfrentar pena de morte
Novos documentos apresentados pela Justiça revelam detalhes do plano meticuloso de Luigi Mangione, que assassinou Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em 4 de dezembro.
O diário apreendido pelas autoridades traz registros minuciosos sobre a escolha da vítima, técnicas de vigilância e o método de execução, expondo a premeditação e as motivações do assassino, que se declara insatisfeito com o setor de seguros.
Mangione, de 26 anos, ex-programador formado em ciência da computação, confessou ter agido sozinho. Ele utilizou um silenciador fabricado com impressora 3D e adotou medidas de contravigilância para escapar da cena do crime. O ataque ocorreu em Manhattan, em frente a um hotel onde Thompson participaria de uma conferência de investidores.
No diário encontrado, Mangione detalha o processo de escolha do alvo. “Estou satisfeito por ter esperado; isso me deu tempo para entender melhor a UnitedHealthcare”, escreveu. Ele ainda menciona o setor de seguros como o “alvo ideal” por, segundo ele, atender a todos os critérios para sua ação.
Uma carta intitulada “Aos Federais” foi anexada aos autos do caso. Nela, Mangione afirma que o ataque foi financiado por recursos próprios e descreve o uso de ferramentas como CAD (desenho assistido por computador) no preparo do crime. “Foi tudo planejado e executado com paciência e precisão”, concluiu.
O caso trouxe à tona debates sobre a radicalização de jovens online e sobre a proteção de executivos em eventos públicos. Com acusações estaduais de homicídio e terrorismo doméstico, e federais por uso de armas, Mangione pode enfrentar a pena de morte – possibilidade reaberta pelos processos na esfera federal.
A advogada de defesa, Karen Friedman Agnifilo, criticou a estratégia de acusações paralelas: “Essa sobreposição é incomum e levanta sérias questões sobre a aplicação da Justiça”.
As investigações também se concentram nas manifestações de apoio ao crime em redes sociais, descritas como “perturbadoras” por autoridades.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)