Destino de dezenas de reféns vai condicionar resposta de Israel ao Hamas
Estima-se que mais de 130 israelenses sejam mantidos em Gaza como reféns neste momento. Alguns são soldados, mas na maior parte são civis – entre os quais, diversas crianças, idosos e famílias inteiras. Eles foram arrastados pelos terroristas do Hamas (foto) que retornavam às suas bases depois dos ataques do fim de semana a Israel. Jamais houve nada semelhante na história israelense e o destino dos reféns será um elemento-chave no desenrolar da resposta aos atentados...
Estima-se que mais de 130 israelenses sejam mantidos em Gaza como reféns neste momento. Alguns são soldados, mas na maior parte são civis – entre os quais, diversas crianças, idosos e famílias inteiras. Eles foram arrastados pelos terroristas do Hamas (foto) que retornavam às suas bases depois dos ataques do fim de semana a Israel. Jamais houve nada semelhante na história israelense e o destino dos reféns será um elemento-chave no desenrolar da resposta aos atentados.
Lembremos do episódio de Gilad Shalit, soldado israelense capturado numa incursão de terroristas do Hamas a um vilarejo israelense em 2006. A libertação de Shalit foi tema de máxima importância na política de Israel pelos anos seguintes. Em 2011, finalmente, um acordo foi concluído e levou à troca do soldado por nada menos que 1027 prisioneiros, um quarto dos quais anteriormente condenados à prisão perpétua pelo envolvimento em atividades terroristas.
Israel libertou mais de mil prisioneiros para trazer de volta com vida um único combatente. Esse é um fato que todos os envolvidos nesta nova guerra ao terror têm na memória.
O Hamas deverá procurar repetir o feito de 2011 em escala muito maior. Uma de suas ambições declaradas é conseguir a libertação de todos cerca de 4.500 palestinos atualmente presos em Israel. Qualquer libertação em massa aumentará a popularidade do grupo terrorista não só em Gaza, mas também na Cisjordânia, governada por uma Autoridade Palestina com legitimidade cada vez mais frágil.
Do lado israelense, o desejo de uma resposta esmagadora ao Hamas será temperado pela preocupação com a segurança das dezenas de reféns. Ex-porta-voz do exército israelense, o coronel Jonathan Conricus deu entrevistas e fez publicações no X (ex-Twitter) nos últimos dias ressaltando o dilema. Segundo ele, será preciso garantir que o Hamas “jamais volte a ter capacidade militar para ameaçar civis israelenses”. Ao mesmo tempo, a existência dos reféns limita a ação das forças de segurança: “Essa será provavelmente o fator mais dominante em nossas atividades nos próximos tempos.”
Nesta segunda-feira (9), começaram a surgir relatos de que negociações estariam sendo mediadas pelo Qatar. Mas a informação não foi confirmada pelas autoridades de Israel.
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