Novos dados divulgados na segunda-feira (18) mostram um aumento na taxa de desemprego na China. Pelo terceiro mês consecutivo este número tem crescido, atingindo 5,3% em fevereiro, igualando ao índice de julho do último ano. Este novo aumento no desemprego cria um desafio iminente para a economia chinesa.

O Mercado de Trabalho e as Perspectivas Econômicas

Além do desemprego, outro indicativo preocupante é o declínio na média de horas de trabalho no país. Esse fator comumente é interpretado pelos economistas como um sinal de que um número significativo de pessoas está subempregado ou trabalhando abaixo de seu potencial.

Outro dado alarmante relate à taxa de desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos, que atingiu 21% em junho do ano passado. Desde então, a periodicidade de publicação deste dado deixou de ser regular, gerando preocupações quanto à acurácia das estatísticas fornecidas.

Reações e Interpretações dos Economistas

Diante destes novos dados, Ting Lu, economista-chefe para a China da Nomura, alerta que “agora não é o momento para complacência”.

Louise Loo, economista-chefe da Oxford Economics para a China, acrescenta que o aumento da taxa de desemprego aponta que as empresas não veem demanda suficiente para justificar a contratação de mais funcionários, mesmo que estejam aumentado sua capacidade produtiva recentemente.

De acordo com Loo, o desemprego na China estaria em torno de 4% se a economia estivesse operando em seu potencial máximo. Neste sentido, a atual taxa de 5,3% pode ser interpretada como um sinal de fragilidade da demanda.

Considerações Finais

Fica evidente que a China se depara com um grande desafio pela frente. Embora recentemente tenha havido um estímulo governamental à economia, será necessário mais para garantir uma recuperação duradoura. O cenário requer atenção e estratégia, não apenas para lidar com o desemprego, mas também para impulsionar a demanda e capacidade produtiva.