Deputado propõe sanções econômicas ao regime de Nicolás Maduro
Parlamentar defende congelamento de ativos, suspensão de créditos e restrição de entrada de autoridades venezuelanas no Brasil
O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) apresentou nesta sexta-feira, 2, uma proposta na Câmara para que o Brasil adote sanções severas contra o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.
Entre as medidas sugeridas estão o congelamento de ativos venezuelanos em solo brasileiro, a suspensão de créditos concedidos pelo governo brasileiro e a restrição de entrada de autoridades venezuelanas no país. “O Brasil não pode se omitir diante de uma ditadura que afronta os princípios democráticos e os direitos humanos”, afirmou o parlamentar.
A proposta é uma resposta direta à farsa eleitoral na Venezuela. Segundo Luiz Philippe, o pleito foi marcado por uma “manipulação grotesca”. O parlamentar argumenta que os resultados eleitorais, amplamente contestados pela oposição, levaram a uma repressão intensificada por parte do governo de Maduro, incluindo prisões arbitrárias e violações dos direitos humanos.
“É imperativo que o Brasil se posicione como um defensor da liberdade e da democracia na América Latina”, declarou. Segundo ele, essas ações são fundamentais não apenas para apoiar as forças democráticas na Venezuela, mas também para reafirmar o compromisso do Brasil com os valores democráticos na região.
Novas atas; velhos números?
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), da Venezuela, divulgou nesta sexta, 2, um novo boletim dos resultados da eleição do domingo, agora com 96,87% dos votos apurados.
O resultado é praticamente o mesmo daquele anunciado na madrugada da segunda, 29.
E, novamente, o CNE não mostrou as atas que poderiam comprovar a contagem.
Desta vez, Maduro aparece à frente com 51,95% dos votos.
O candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, aparece com 43,18% dos votos.
Quem divulgou os números foi Elvis Amoroso (foto), presidente do CNE e ex-deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela, PSUV, o partido de Hugo Chávez e do ditador Nicolás Maduro.
No primeiro boletim, anunciado com 80% dos votos apurados, Maduro aparecia com 51,2% e Urrutia, 44,2%.
Os números contrastam com os que a oposição venezuelana divulgou, com base em 80% das atas.
Ao contrário do secretismo CNE, a oposição disponibilizou os documentos em um site da internet (link aqui), com transparência total.
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