Depoimento de Netanyahu em julgamento por corrupção tem data marcada
Primeiro-ministro israelense tentava adiar depoimento devido à guerra em Gaza, mas tribunal nega pedido
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, terá que testemunhar no seu julgamento por corrupção começa em 2 de dezembro, conforme ordenado pelo Tribunal Distrital de Jerusalém nesta terça-feira, 9.
Netanyahu havia solicitado o adiamento do seu depoimento para a primavera de 2025, devido à guerra em Gaza, mas o tribunal negou o pedido, argumentando que ele deve ser capaz de lidar simultaneamente com suas responsabilidades como primeiro-ministro e sua defesa no tribunal.
O político enfrenta três casos principais de corrupção: em um deles, é acusado de receber presentes ilegais, como charutos e champanhe, no valor de quase 700 mil shekels, de ricos empresários em troca de favores pessoais e comerciais; em outro, é acusado de um acordo com o proprietário do jornal Yediot Aharonot para obter cobertura positiva em troca de prejudicar a concorrência com o Israel Hayom; e no terceiro, o mais grave, é acusado de suborno por favorecer a empresa de telecomunicações Bezeq em troca de cobertura positiva no site de notícias Walla.
O julgamento, iniciado em 2020, teve seu progresso atrasado várias vezes, em parte devido à pandemia de COVID-19 e conflitos políticos internos. Com a apresentação de provas pela acusação chegando ao fim, o testemunho de Netanyahu e seu subsequente interrogatório cruzado podem durar até dois meses.
Os advogados de Netanyahu argumentam que o caso é uma “caça às bruxas” política e que as acusações são infundadas, uma retórica que tem mantido seu apoio entre a base leal de eleitores, apesar das graves acusações.
A situação é complicada ainda mais pelo contexto político e social em Israel, com tensões crescentes devido à guerra em Gaza e debates acirrados sobre a independência do judiciário e reformas legais propostas pelo governo de Netanyahu.
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