Departamento de Justiça dos EUA acusa Yale de discriminar asiáticos e brancos
O Departamento de Justiça dos EUA acusou nesta quinta-feira (13) a Universidade Yale, uma das mais tradicionais instituições americanas de ensino superior, de violar a lei federal de direitos civis ao discriminar asiáticos e brancos...
O Departamento de Justiça dos EUA acusou nesta quinta-feira (13) a Universidade Yale, uma das mais tradicionais instituições americanas de ensino superior, de violar a lei federal de direitos civis ao discriminar asiáticos e brancos, informa o New York Times.
A acusação, após uma investigação de dois anos, é o segundo confronto da gestão de Donald Trump com uma instituição da chamada Ivy League, grupo formado por oito das mais prestigiadas universidades dos EUA.
Há dois anos, o Departamento de Justiça também apoiou publicamente estudantes asiático-americanos que processaram Harvard, acusando a universidade de discriminação sistemática contra eles.
Na época, o governo americano argumentou que o processo de admissão de Harvard equivalia a um sistema de cotas –ilegal nos EUA–, em que a universidade favorecia candidatos negros e hispânicos em detrimento dos asiáticos. Harvard ganhou a causa: um juiz distrital decidiu que a instituição não havia discriminado asiáticos intencionalmente.
“Não há discriminação racial ‘do bem’”, declarou nesta quinta o procurador-geral-assistente Eric S. Dreiband no comunicado em que anunciou a ação do Departamento de Justiça contra Yale. “Dividir ilegalmente os americanos em blocos raciais e étnicos estimula estereótipos, amargura e divisão”, acrescentou Dreiband, ao recomendar que Yale suspenda critérios de raça ou origem nacional nas suas admissões por um ano.
A universidade prometeu recorrer e, numa nota, afirmou que avalia a “pessoa inteira” ao decidir se deve admitir um aluno — não só o desempenho acadêmico, mas interesses, liderança e “a probabilidade de que eles contribuam para a comunidade de Yale e o mundo”.
O NYT assinala que a ação do governo dos EUA pode ter consequências de longo alcance para contestações às políticas de “ação afirmativa” das universidades em processos que devem chegar à Suprema Corte.
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