Defesa de Israel: EUA enviam submarinos e caças F-35
"Quem nos prejudicar de uma forma que não foi feita no passado, provavelmente será atingido de uma forma que não foi feita no passado", declarou o ministro de defesa israelense, Yoav Gallant
Os EUA estão enviando um submarino de mísseis guiados para o Oriente Médio, reforçando sua presença regional em meio a temores de que o Irã e seus representantes estejam prontos para retaliar Israel pela morte de figuras importantes do Hamas e do Hezbollah.
O secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin, também ordenou que o porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35, acelere seu trânsito para a região em vista das tensões crescentes.
“O secretário Austin reiterou o compromisso dos Estados Unidos de tomar todas as medidas possíveis para defender Israel”, disse o Pentágono em uma declaração no domingo, 11 de agosto, que foi emitida após Austin ter falado com seu homólogo israelense Yoav Gallant.
O gabinete de Gallant disse nesta segunda-feira, 12, que ele e Austin discutiram a “interoperabilidade” das forças israelenses e americanas na região. Ele alertou no domingo que “quem nos prejudicar de uma forma que não foi feita no passado, provavelmente será atingido de uma forma que não foi feita no passado”.
“Espero que eles pensem nisso e não cheguem a um ponto em que nos forcem a causar danos significativos e aumentar as chances de uma guerra estourar em frentes adicionais. Não queremos isso, mas devemos estar preparados”, disse ele.
Ameaças do Irã e do Hezbollah
O Irã tem prometido “punir” Israel desde que o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi eliminado em Teerã no mês passado, horas depois de ter comparecido à posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian.
Enquanto isso, o Hezbollah prometeu retaliar Israel pelo assassinato de Fuad Shukr, um dos comandantes mais graduados do grupo terrorista libanês. A eliminação de Fuad Shukr foi uma resposta de Israel a um ataque de míssil do Hezbollah que matou 12 jovens em um campo de futebol nas Colinas de Golã.
França, Alemanha e Reino Unido
Os líderes da França, Alemanha e Reino Unido pediram ao Irã e seus aliados “que se abstenham de ataques que aumentariam ainda mais as tensões regionais”.
“Nenhum país ou nação tem a ganhar com uma nova escalada no Oriente Médio”, disseram os líderes em uma declaração conjunta na segunda-feira, 12 de agosto.
A declaração, assinada pelo presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, pediu um cessar-fogo imediato na guerra de 10 meses entre Israel e o Hamas, e que o grupo terrorista palestino libertasse os reféns que ainda mantém dede seu ataque de 7 de outubro a Israel.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e os líderes do Catar e do Egito disseram na semana passada que os mediadores estavam fazendo um esforço urgente para retomar as negociações de reféns, na esperança de garantir um cessar-fogo e evitar uma nova escalada.
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