Deep Techs: conheça o novo modelo de startup
Deep Techs são startups baseadas em pesquisas científicas que visam resolver problemas complexos e impulsionar a transformação.
No Brasil, o número de deep techs, startups que alavancam inovações tecnológicas com base científica, tem crescido significativamente. Estas empresas possuem o potencial de revolucionar setores e fomentar mudanças impactantes. Atualmente, o Brasil abriga cerca de 900 dessas startups, primariamente localizadas no Sudeste, destacando-se São Paulo.
O protagonismo de São Paulo se deve, em parte, aos programas de incentivo à inovação, como o Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da Fapesp. A concentração nesta região é catalisada pela presença de universidades de renome e conceituados centros de pesquisa.
Desafios Cruciais para as Deep Techs Brasileiras
Financiamento e crescimento são desafios-chave para as deep techs no Brasil. Diferente de ecossistemas mais maduros, estas startups enfrentam um árduo percurso até alcançar crescimento sustentável, com muitas levando mais de cinco anos para expandir operações.
O principal desafio é o financiamento, complicado pela alta aposta nas tecnologias emergentes desenvolvidas. Apenas 30% das deep techs avançam para a comercialização e expansão, enquanto a maioria permanece em desenvolvimento inicial.
Importância do Investimento Público
O investimento público é vital para as deep techs no Brasil. Programas governamentais e subvenções compreendem 70% dos investimentos. Entidades como Fapesp, Finep, Sebrae e Embrapii são cruciais ao prover apoio financeiro essencial.
Entre aquelas que captaram mais de R$ 5 milhões, 70% utilizaram recursos públicos. Esta dependência de investimentos não reembolsáveis é crucial para mitigar riscos no desenvolvimento tecnológico, habilitando startups a superar os estágios iniciais desafiadores.
Variedade Setorial das Deep Techs
As deep techs no Brasil se concentram em desenvolver tecnologias para venda ou licenciamento para grandes indústrias. Saúde e agronegócio são setores principais, com taxas de crescimento próximas à de outros segmentos.
Entre 2015 e 2024, os setores de saúde e agronegócio cresceram 19,8% e 20,8%, respectivamente. Este crescimento destaca tanto o potencial significativo nesses setores quanto a expansão das oportunidades em áreas diversas, com um aumento no número de startups em variadas esferas.
Em suma, as deep techs no Brasil enfrentam um cenário desafiador, mas promissor. Com suporte contínuo dos programas de incentivo e investimento público, essas startups estão bem posicionadas para inovar e contribuir significativamente para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro.
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