Nobel de Medicina vai para pesquisas sobre receptores de temperatura e tato
O Instituto Karolinska, em Estocolmo, acaba de anunciar o prêmio Nobel de Medicina aos pesquisadores David Julius e Ardem Patapoutian por suas descobertas sobre "receptores de temperatura e tato"...
O Instituto Karolinska, em Estocolmo, acaba de anunciar o prêmio Nobel de Medicina aos pesquisadores David Julius e Ardem Patapoutian por suas descobertas sobre “receptores de temperatura e tato”.
Em pesquisas independentes, Patapoutian, biólogo molecular armênio-americano, identificou o sensor proteico que permite ao ser humano sentir dor, temperatura e pressão. Enquanto Julius, neurocientista americano, descobriu o gene que codifica o sensor de temperatura.
“Nossa capacidade de sentir o calor, o frio e o toque é essencial para a sobrevivência e sustenta nossa interação com o mundo ao nosso redor. Em nossa vida diária, consideramos essas sensações naturais, mas como os impulsos nervosos são iniciados para que a temperatura e a pressão possam ser percebidas? Esta questão foi resolvida pelos ganhadores do Prêmio Nobel deste ano”, explicou o Instituto.
Um comunicado detalhou como os premiados chegaram aos resultados de seus estudos. “David Julius utilizou a capsaicina, um composto pungente da pimenta malagueta que induz uma sensação de queimação, para identificar um sensor nas terminações nervosas da pele que responde ao calor.”
Patapoutian, por sua vez, usou células sensíveis à pressão para descobrir “uma nova classe de sensores que respondem a estímulos mecânicos na pele e órgãos internos“.
As descobertas foram classificadas como “revolucionárias, levando a um rápido aumento em nossa compreensão de como nosso sistema nervoso sente o calor, o frio e os estímulos mecânicos”. “Os laureados identificaram elos essenciais que faltavam em nossa compreensão da complexa interação entre nossos sentidos e o meio ambiente.”
Os vencedores dividirão o prêmio, que totaliza 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,1 milhões).
No ano passado, o prêmio de Medicina foi para três cientistas, pela descoberta do vírus da hepatite C.
Ao longo da semana, serão anunciados os prêmios de Física, Química, Economia, Literatura e Paz.
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