Crusoé: violência ofusca votação de reformas de Milei no Senado
Manifestação convocada pela chamada "esquerda não peronista" contra reformas de Milei se desencadeou em confrontos com a polícia
Episódios de violência na frente do Congresso da Nação Argentina ofuscaram, ao longo da tarde desta quarta-feira, 12 de junho, a sessão do plenário do Senado que vota o pacotão de reformas do governo de Javier Milei.
Uma manifestação convocada por entidades sindicais e movimentos da chamada “esquerda não peronista” se desencadeou em confrontos com a polícia a partir das 15h30.
Alguns dos presentes jogaram pedras e coquetéis molotov na barreira policial que bloqueava a rua da faixada do Congresso.
O governo acionou a Guarda Nacional. As autoridades federais usaram gás lacrimogênio, bala de borracha e caminhão hidrante para dissipar o protesto. Jornalistas de pelo menos quatro veículos saíram feridos da cobertura.
Em reação, algumas pessoas que participavam da manifestação incendiaram lixeiras, dois carros e um posto de aluguel de bicicletas.
Um dos veículos queimados pertencia a um veículo de imprensa local. O jornalista foi retirado do carro a força e segurado para não tentar apagar o fogo.
Ao longo do final da tarde, os cordões da tropa de choque empurraram os manifestantes por sete quadras, desde a frente do Congresso até a avenida 9 de Julho. Incidentes foram registrados até pelo menos por volta das 20h.
Ao menos, 23 pessoas foram detidas. A polícia apreendeu uma granada de gás com um deles.
Em nota oficial, o governo Milei chamou os manifestantes, ou ao menos os depredadores, de “grupos terroristas” e os acusou de “tentar perpetrar um golpe de Estado”.
“A Presidência da República felicita as Forças de Segurança pela excelente atuação na repressão aos grupos terroristas que, com paus, pedras e até granadas, tentaram perpetrar um golpe de Estado, atacando o normal funcionamento do Congresso Nacional Argentino”, diz a publicação no X, antigo Twitter.
O que vota o Senado nesta quarta?
O plenário da Câmara alta vota os dois textos que integram o pacotão de reformas de início de mandato do governo de Javier Milei.
Um projeto de lei, chamado Bases, envolve reformas gerais, enquanto o outro texto se centra na reforma fiscal.
A expectativa é que a votação do texto-geral Projeto de Lei de Bases ocorra a partir das 22h.
Ainda faltará votar os destaques e repetir o processo para o texto da reforma fiscal.
Segundo a imprensa argentina, o resultado deve ser apertado.
O…
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