Crusoé: UE não reconhecerá Maduro
Autoridades eleitorais venezuelanas, aparelhadas pelo chavismo, se recusaram a apresentar as atas das urnas
O alto representante da União Europeia para Assuntos Estrangeiros, o espanhol Josep Borrell, anunciou que o bloco não reconhecerá Nicolás Maduro (foto) como presidente da Venezuela.
Ele deu a declaração na quinta, 28 de agosto, um mês após a fraude eleitoral.
Borrell justificou a decisão ressaltando que as autoridades eleitorais venezuelanas, aparelhadas pelo chavismo, se recusaram a apresentar as atas das urnas.
“Um mês depois, não há esperança de que Maduro apresente [as atas]… É tarde demais para continuar pedindo isso” , disse o diplomata europeu.
“Consideramos que a vitória eleitoral que ele proclama não foi provada. E como não foi provada, não temos por que acreditar nela. E se eu não acredito que ele ganhou as eleições, não posso reconhecer a legitimidade democrática proporcionada pelas eleições”, acrescentou.
Chavismo usa Bolsonaro como exemplo torto
A ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela, voltou a usar o ex-presidente Jair Bolsonaro como exemplo torto, mais uma vez, para legitimar a fraude eleitoral de 28 de julho.
Desta vez, Maduro relembrou que nenhum governo estrangeiro reconheceu a contestação do resultado das eleições de 2022 feita por Bolsonaro e pelo Partido Liberal (PL) em novembro.
Menos ainda, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar o pedido naquele mesmo mês.
“No Brasil, houve eleições o então presidente Bolsonaro disse que haveria uma fraude e não reconheceu o resultado. Houve recurso ante o ‘Tribunal Supremo’ [TSE] e a decisão foi que os resultados eleitorais davam como vencedor o presidente Lula. Santa palavra no Brasil. E quem se meteu com o Brasil?”, disse Maduro em ato nesta quarta, 28, um mês depois da fraude.
Apontando para o público, o ditador acrescentou: “Você fez um comunicado? Você? Você? A Venezuela disse algo? Nós só dissemos respeitar as instituições brasileiras, e o Brasil resolve seus assuntos internamente, como deve ser”.
Maduro omite…
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