Crusoé: Trinta países fazem em nota o que Lula não fez na ONU
Lula começou seu discurso se dirigindo à delegação palestina, que participou pela primeira vez da Assembleia, como membro-observador
Trinta e um países das Américas e da Europa mais a União Europeia publicaram uma nota conjunta nesta quinta-feira, 26 de setembro, com críticas ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.
O comunicado sai em paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
“Continuamos seriamente preocupados com a repressão generalizada e contínua, bem como com os relatos de abusos e violações dos direitos humanos após as eleições. Estes abusos incluem prisões e detenções arbitrárias (incluindo de crianças), mortes, recusas de garantias de julgamento justo e tácticas de intimidação contra a oposição democrática e outros membros da sociedade civil. No contexto da repressão violenta contra membros da oposição, um mandado de detenção por motivos políticos emitido em 3 de Setembro contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que, de acordo com os registos eleitorais disponíveis ao público, obteve o maior número de votos nas eleições de 28 de Julho, forçou-o a abandonar o país”, diz a nota.
“Apelamos à libertação imediata daqueles detidos arbitrariamente, sem respeito pelas garantias de um julgamento justo. É fundamental que os venezuelanos possam expressar as suas opiniões políticas de forma pacífica, nomeadamente através do exercício da liberdade de reunião e expressão pacífica, sem medo de represálias. Apelamos ao fim do uso excessivo da força, da violência política e do assédio contra a oposição e a sociedade civil”, acrescenta.
O comunicado é assinado por Argentina, Austrália, Áustria, Bósnia e Herzegovina, Canadá, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, República Dominicana, Estônia, União Europeia, Alemanha, Guatemala, Guiana, Hungria, Irlanda, Itália, Kosovo, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Panamá , Peru, Portugal, Eslovênia, Espanha, Suécia, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos.
Apesar de não co-assinarem a nota, o Uruguai e o Chile se pronunciaram sobre a crise venezuelana durante os discursos dos presidentes Luis Lacalle Pou e Gabriel Boric na Assembleia Geral da ONU nesta semana.
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ONG de direitos humanos critica Lula
O diretor da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch no Brasil, César Muñoz, criticou Lula por ignorar a crise na Venezuela durante o discurso do petista na Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira, 24 de setembro.
“O presidente Lula abordou prioridades do Brasil em política externa. Porém, não fez nenhuma referência à situação dramática que vive a Venezuela. O silêncio não ajuda em nada as vítimas de abusos. O Brasil pode desempenhar um papel fundamental na defesa dos direitos humanos e na transição para a democracia”, disse Muñoz à Folha de S. Paulo.
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