Crusoé: “Sindicato barra na Justiça reforma trabalhista de Milei”
A Câmara de Trabalho da Justiça Argentina suspendeu, liminarmente, a reforma trabalhista apresentada pelo presidente Javier Milei no mês passado. Parte de seu decreto com mudanças estruturais na política local, a reforma trabalhista foi contestada pelos sindicatos na Justiça...
A Câmara de Trabalho da Justiça Argentina suspendeu, liminarmente, a reforma trabalhista apresentada pelo presidente Javier Milei no mês passado. Parte de seu decreto com mudanças estruturais na política local, a reforma trabalhista foi contestada pelos sindicatos na Justiça.
Nesta quarta-feira, 3, a corte tomou uma apertada decisão cautelar de dois votos pela suspensão da reforma, com um contrário. Os juízes atenderam ao pedido da Confederação Geral do Trabalho (CGT), uma das maiores centrais sindicais do país e fortemente ligada ao Peronismo. é o primeiro sinal de resistência institucional ao documento assinado por ele no início de seu mandato.
Um dos juízes, José Alejandro Sudera, disse que a reforma estava, em sua visão, sendo acelerada de maneira incorreta. “Não se explica como as reformas implementadas, ao serem aplicadas de forma imediata e por fora do trâmite norma de sanção das leis, poderiam remediar a situação referida sobre a geração de emprego formal”, escreveu, “quando o próprio decreto reconhece que se encontra estagnada há 12 anos — o que impede, em princípio, considerar a chegada de alguma circunstância súbita, imprevisível ou de extrema excepcionalidade.”
Ele ainda indica que Milei estaria extrapolando seus poderes. “O texto da Constituição Nacional não habilita [o presidente da República] a escolher discricionariamente entre a sanção de uma lei ou uma imposição mais rápida de certos conteúdos materiais por meio de um decreto.”
A decisão é cautelar, e deverá ser julgada em seu mérito no futuro. O procurador do Tesouro da Argentina, Rodolfo Barra, já indicou que deve recorrer da decisão, a primeira derrota nos tribunais nos 24 dias do governo de Milei.
O decreto, assinado por ele em 20 de dezembro, tem mais de 300 reformas previstas e não precisa passar pelo Congresso para entrar em vigor.
LEIA MAIS AQUI; assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)