Crusoé: Plano de Maduro para legitimar sua fraude na Justiça naufraga
Ditador apresentou um recurso ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para analisar o resultado da eleição pelas autoridades eleitorais chavistas
O plano elaborado por Nicolás Maduro para que a Justiça da Venezuela legitimasse sua fraude eleitoral não deu certo.
Na semana passada, Maduro apresentou um recurso ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para analisar o resultado da eleição divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
A solução pela Justiça também constava em um dos pedidos feitos pelo presidente Lula.
Como o TSJ não tem competência ou autoridade para fazer tal trabalho, o jeito de Maduro foi criar uma maneira do zero.
A ideia que os juízes tiraram da cartola foi convocar os líderes de todos os partidos e pedir que eles entregassem atas e evidências da eleição.
O trabalho de divulgar o resultado final e comprová-lo, contudo, é do CNE, submisso a Maduro.
“O TSJ está se envolvendo em um assunto que não lhe corresponde, segundo a Constituição de 1999. A Corte ainda está se metendo em um procedimento que não foi concluído, porque o CNE ainda não apresentou as atas“, diz o cientista político venezuelano José Vicente Carrasquero, que vive nos Estados Unidos. “Mas, segundo a legislação, a única entidade que pode certificar o resultado da eleição é o CNE.”
As audiências foram marcadas para esta quarta, 7.
Edmundo González Urrutia, o candidato da oposição a Maduro, recusou-se a ir até a Corte, alegando que o TSJ não tem competência para isso e está usurpando as funções do CNE.
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Mas três líderes de partidos de oposição, que participaram da campanha de María Corina Machado, compareceram ao TSJ: Manuel Rosales, do partido Um Novo Tempo (UNT); Simón Calzadilla, do Movimento por Venezuela (MPV) e José Luis Cartaya, do Movimento Unidade Popopular (MUD).
Eles deixaram a audiência e deram entrevistas para jornalistas, com transmissão ao vivo pelos canais de televisão estatais, como a Telesur. Os três cobraram do CNE a divulgação das atas.
Ao trazer uma narrativa diferente da oficial, os opositores foram derrubados do ar na televisão.
“Enfrentamos separadamente…
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