Crusoé: o que entra em greve na Argentina
A maior central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), convocou uma greve geral para esta quarta-feira,...
A maior central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), convocou uma greve geral para esta quarta-feira, 24 de janeiro, a partir das 12h.
A mobilização está oficialmente programada para durar até as 0h de quinta, 25.
Essa é a primeira vez que o presidente Javier Milei, já empossado, enfrentará uma manifestação da CGT, que tem 6 milhões de membros.
Em comparação, a CUT tem 7,8 milhões — a força de trabalho no Brasil é mais de 5,5 vezes maior que na Argentina, segundo dados do World Factbook.
Aderida por outras centrais sindicais, incluindo a dos caminhoneiros, a mobilização da CGT se dá em menos de dois meses da posse de Milei.
A CGT e outros sindicatos são historicamente e financeiramente ligados ao peronismo.
Além da greve, está programado um protesto em frente ao Congresso da Nação, em Buenos Aires, onde deve ser votado amanhã, quinta, 25, o projeto de lei ómnibus do governo Milei no plenário da Câmara.
O texto passou pela fase das comissões na madrugada desta quarta.
Militantes já se concentram na frente do Congresso pela manhã desta quarta. O protesto começa oficialmente às 15h.
O que para na Argentina nesta quarta, 23 de janeiro?
A greve da CGT atingirá diversos setores, tanto públicos quanto privados.
O caso mais marcante, que repercute no noticiário há dias, é a paralisação da Aerolíneas Argentinas, estatal e maior companhia aérea da Argentina. A Aerolíneas é alvo do plano de privatizações de Milei.
Os aeroportos permanecerão abertos e companhias internacionais continuam a operar, mas a paralisação da Aerolíneas já resultou na suspensão ou reprogramação de mais de 265 voos e reprogramou outros 26.
Receio pela greve levou companhias brasileiras também a cancelarem voos de ida e volta entre Brasil e Argentina. Ao todo, foram 33 cancelamentos, todos da GOL e da Latam.
Bancos e coleta de lixo entram em greve a partir das 12h.
O serviço de transporte público aderiu à greve, mas com cronograma distinto. A paralisação desse setor começa apenas às 19h.
O que não para?
Serviços essenciais,…
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