Crusoé: “O imperativo na Ucrânia é acabar com o constrangimento causado por Lula”
A não realização de uma reunião bilateral com o presidente Volodymyr Zelensky na cúpula do G7, em Hiroshima, é a mais recente evidência de que Lula não serve para o papel que ele mesmo se propôs, o de mediador da paz...
A não realização de uma reunião bilateral com o presidente Volodymyr Zelensky na cúpula do G7, em Hiroshima, é a mais recente evidência de que Lula não serve para o papel que ele mesmo se propôs, o de mediador da paz.
No Japão, o petista voltou a falar em contribuir como um mediador para a realização de negociações que levem ao fim da guerra na Ucrânia. Mas falta tudo para que isso aconteça. Fora da área de meio ambiente, o Brasil não tem peso suficiente para coordenar um esforço mundial. Lula e os diplomatas brasileiros não entendem o conflito. Não têm um plano ou uma estratégia sobre o que fazer. “Ninguém tem um modelo pronto. O modelo pronto será deles”, disse Lula em coletiva de imprensa no domingo, 21. Os representantes brasileiros também não são respeitados pelos outros países, com exceção da Rússia (as declarações de Lula sobre o assunto só ganham repercussão na imprensa brasileira e nas agências oficiais russas e chinesas).
O resultado dessa incompetência é que Lula passou a maior parte do tempo na coletiva tendo de se explicar por que não se encontrou com Zelensky em Hiroshima, depois de o ucraniano ter pedido um encontro com ele. A desculpa de Lula (“Não deu. É isso”) não cola porque desde o dia 10 de maio o governo brasileiro sabia que Zelensky estaria presente no G7. Foi decisão do Brasil não realizar a reunião com o presidente ucraniano.
Ao microfone, o presidente brasileiro pode até se afirmar um país neutro na guerra. Mas várias de suas declarações só fortalecem a ideia de que o país está do lado da Rússia. Aos jornalistas, Lula disse que “nem o Putin nem o Zelensky estão falando de paz neste momento. Me parece que os dois acreditam que algum dos dois vai ganhar e por isso não precisa discutir a paz”.
É um escárnio dizer que Zelensky não quer a paz. A questão é que, como resumiu o secretário de Estado americano, Antony Blinken, “se a Rússia parar de lutar, acaba a guerra. Se a Ucrânia parar de lutar, acaba a Ucrânia“.
No G7, Lula retomou…
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