Crusoé: Neurocientista mais popular do mundo revela conversão ao cristianismo
A suposta oposição entre ciência e religião, comum no pensamento moderno, é, na verdade, uma construção histórica que remonta ao Iluminismo francês
Andrew Huberman, neurocientista de Stanford e estrela global com milhões de ouvintes no podcast Huberman Lab, surpreendeu ao compartilhar sua conversão à fé e adoção da oração como prática diária.
Conhecido por traduzir conceitos complexos da neurociência em dicas práticas, Huberman desfez a dicotomia entre ciência e espiritualidade, reconhecendo publicamente que a fé se tornou uma fonte de força e clareza em sua vida. Essa revelação causou alvoroço entre seus seguidores, que debatem agora a compatibilidade entre a ciência e a crença em algo maior.
A suposta oposição entre ciência e religião, comum no pensamento moderno, é, na verdade, uma construção histórica que remonta ao Iluminismo francês. Filósofos iluministas buscaram separar razão e fé como polos inconciliáveis, promovendo uma narrativa de antagonismo entre o conhecimento científico e o metafísico.
No entanto, essa separação ignora séculos de tradição acadêmica e científica originados e financiados pela Igreja Católica. Foi no coração da Idade Média que a Igreja fundou as primeiras universidades na Europa, como as de Bolonha, Paris e Oxford, estabelecendo o estudo sistemático da natureza e incentivando as ciências experimentais. São Tomás de Aquino, filósofo e teólogo do século XIII, consolidou essa integração, defendendo que a fé e a razão são complementares, ambas guiadas pela verdade.
Huberman, cuja influência é comparada à de personalidades como Joe Rogan no mundo dos podcasts, descreveu sua prática de oração como uma maneira de se conectar com algo maior e de reconhecer as próprias limitações. Ele afirma que a oração “não substitui a ação”, mas o ajuda a agir de forma alinhada com seus valores, tornando-se uma prática essencial para sua saúde mental e espiritual.
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