Crusoé: Milei enfrenta primeiro protesto ao governo sem obstrução da 9 de Julio
A tarde desta quarta-feira, 20 de dezembro, teve o primeiro protesto organizado nas ruas da cidade de Buenos Aires contra o governo de Javier Milei...
A tarde desta quarta-feira, 20 de dezembro, teve o primeiro protesto organizado nas ruas da cidade de Buenos Aires contra o governo de Javier Milei, na Argentina, empossado na semana passada, no domingo, 10 de dezembro.
A manifestação partiu às 16h de concentrações coordenadas em dois locais distintos, as avenidas Diagonal Norte e Diagonal Sur, rumo à Praça de Maio, na frente da Casa Rosada, sede do Executivo argentino.
Às 17h, os manifestantes já chegaram à Praça de Maio.
O protesto é comandado pela principal entidade “piqueteira” não peronista, o Polo Obrero.
Os piqueteiros são grupos sindicais oriundos da década de 1990 que têm como principal método de protesto a obstrução de avenidas e rodovias.
Manifestação controlada
Nesta quarta-feira, a diferença do costumeiro, esses manifestantes não obstruíram a Avenida 9 de Julio, a principal da cidade de Buenos Aires.
Também não foram interrompidos os sistemas de transporte público, ônibus (Metrobus) e metrô (Subte).
Em contrapartida, as avenidas Diagonal Norte (Avenida Presidente Roque Sáenz Peña) e Diagonal Sur (Avenida Presidente Julio A. Roca) tiveram seu fluxo, pelo menos, parcialmente obstruído.
Até as 17h, não houve nenhum embate entre os manifestantes e a polícia, salvo um incidente com trocas de empurrões no início.
Apenas duas pessoas foram detidas durante os protestos.
Ameaça de ação policial
O governo recém empossado lançou uma série de ameaças aos movimentos piqueteiros.
Na quinta-feira passada, 14 de dezembro, a ministra de Segurança Pública e terceira colocada nas eleições presidenciais de outubro, Patricia Bullrich, anunciou um protocolo de restrição a piquetes.
Dentre as medidas, estão a prisão em flagrante para quem impedir a circulação total ou parcial.
Bullrich também afirmou que as forças de segurança deverão atuar até todas as vias serem liberadas e os sindicatos organizadores arcarão com os custos.
Ameaça de corte de subsídios
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