Crusoé: María Corina Machado promete permanecer na Venezuela
"Decidi ficar na Venezuela e acompanhar a luta daqui enquanto ele acompanha de fora", disse a líder da oposição venezuelana
Em meio à perseguição política promovida pela ditadura de Nicolás Maduro e ao exílio de Edmundo González na Espanha, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou nesta segunda-feira, 9, que permanecerá na Venezuela.
“Se a saída do Edmundo muda alguma coisa, em uma perspectiva que possa aumentar o risco para mim, não sei, mas de qualquer forma decidi ficar na Venezuela e acompanhar a luta daqui enquanto ele acompanha de fora”, disse Corina Machado em um evento virtual.
A opositora está escondida desde o início de agosto, dizendo temer por sua vida.
“Estou escrevendo isto em um esconderijo, temendo pela minha vida, pela minha liberdade e pela dos meus compatriotas por parte da ditadura liderada por Nicolás Maduro”, escreveu María Corina em artigo publicado no jornal americano The Wall Street Journal em 1º de agosto.
O exílio de González
Candidato da oposição na votação de 28 de julho, Edmundo González deixou a Venezuela no sábado, 7 de setembro, com destino à Espanha após solicitar asilo político ao país europeu.
Como mostrou O Antagonista, ele ficou abrigado em segredo na Embaixada da Holanda em Caracas durante mais de um mês antes de se esconder na residência do embaixador espanhol.
O ministro holandês das Relações Exteriores, Caspar Veldkamp, afirmou no domingo, 8, que decidiu atender a um pedido “urgente” da oposição no dia seguinte às eleições para acolher Edmundo “o tempo que fosse necessário”.
A declaração do ministro consta de carta enviada ao Parlamento do país europeu. O documento relata que González optou por deixar a Embaixada da Holanda e “continuar a sua luta a partir da Espanha”.
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