Crusoé: Lula insiste em igualar ditadura de Maduro a oposição
Lula afirmou que não reconhece o ditador Nicolás Maduro como chefe de Estado legítimo do país, mas tampouco aceita a oposição democrática
Lula voltou, nesta sexta-feira, 30 de agosto, a igualar autocratas ou regimes de exceção às vítimas de sua repressão. Desta vez, em relação à Venezuela.
O petista afirmou que não reconhece o ditador Nicolás Maduro como chefe de Estado legítimo do país, mas tampouco aceita a oposição democrática, liderada por María Corina Machado e o ex-presidenciável Edmundo González.
“Não aceito nem a vitória dele nem da oposição. A oposição fala que ganhou, mas você não tem provas. Estamos exigindo provas. Obviamente que ele [Maduro] tem o direito de não gostar, porque falei que era importante convocar novas eleições”, disse Lula em entrevista à Rádio Mais PB, de João Pessoa, Paraíba.
O petista se refere à apuração paralela da oposição, segundo a qual González teria sido eleito com cerca de 70% dos votos.
Lula ainda afirmou: “A Venezuela tinha um colégio nacional eleitoral que tinha três pessoas do governo e duas da oposição. Era esse colégio que tinha que dar o parecer sobre as atas. Acontece que Maduro não ouviu esse colégio e passou direto para a Suprema Corte. Não estou questionando a Suprema Corte. Apenas acho que corretamente deveria passar pelo colégio eleitoral que deveria ser criado para esses fins”.
O petista, que sugere dar uma segunda chance a Maduro, concluiu: “Maduro cuide de lá. Ele arque com as consequências do gesto dele, e eu arco com as minhas”.
Lula já havia equiparado a repressão policial às manifestações pró-democracia que sucederam a fraude eleitoral de 28 de julho.
A retórica do petista sobre a Venezuela não difere de sua abordagem à invasão da Rússia à Ucrânia e à guerra entre Israel e o Hamas.
UE não reconhecerá Maduro
O alto representante da União Europeia para Assuntos Estrangeiros, o espanhol Josep Borrell, anunciou que o bloco não reconhecerá Nicolás Maduro como presidente da Venezuela.
Ele deu a declaração na quinta, 28 de agosto, um mês após a fraude eleitoral.
Borrell justificou a decisão ressaltando que as autoridades eleitorais venezuelanas, aparelhadas pelo chavismo, se recusaram a apresentar as atas das urnas.
“Um mês…
Leia mais em Crusoé
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)