Crusoé: Itamaraty quer “explicação” de Maduro sobre opositora
Itamaraty demonstrou "expectativa e preocupação" sobre o desenrolar do processo eleitoral no país. Mas também chamou de "ilegais" as sanções contra Maduro
O Itamaraty se manifestou nesta terça-feira, 26, sobre o fim do processo de inscrição de candidatos nas “eleições” venezuelanas de julho. A diplomacia brasileira diz ver com “expectativa e preocupação” o desenrolar dos fatos, mas permanece em cima do muro sobre criticar o ditador Nicolás Maduro.
“Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se”, diz a nota do Itamaraty, referindo-se ao caso de Maria Corina Machado.
Na semana passada, a candidata vencedora das primárias da Oposição, María Corina Machado, passou a responsabilidade de liderar a oposição para Corina Yoris, uma professora universitária. Isso porque sua campanha foi impedida de concorrer pela Justiça de Maduro, que não apenas a , como também viu seus apoiadores serem presos.
A Plataforma Unida Democrática, PUD, que reúne os partidos de oposição, não conseguiu inscrever nenhum candidato, mostrando que a ditadura de Nicolás Maduro não quer deixar o controle do país. Pouco antes da meia-noite desta segunda, 25, prazo-limite da inscrição, o UNT, que integra a coalizão de María Corina, conseguiu inserir um nome na disputa. Mas a legenda, contudo, inscreveu o nome de Manuel Rosales, que é governador do rico estado de Zúlia, produtor de petróleo e rota da cocaína colombiana.
“O impedimento [do PUD] não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, continua o Itamaraty.
Leia a íntegra aqui. Assine a Crusoé e apoie o jornalismo independente
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)