Crusoé: Israel contesta relatório da ONU sobre fome em Gaza
Fluxo de ajuda seria 80% maior que o de caminhões que entravam no território palestino antes dos ataques de 7 de outubro
Um comunicado do Ministério de Defesa de Israel afirma que entre 150 a 200 caminhões com ajuda humanitária entram diariamente na Faixa de Gaza, a maior parte deles com alimentos. Nesta segunda, 1º de abril, o número chegou a 234 caminhões.
Esse fluxo seria 80% maior que o de caminhões que entravam no território palestino antes dos ataques de 7 de outubro.
“Todos os dias, há numerosos relatos na mídia palestina em Rafah, no centro da Faixa de Gaza, nos antigos campos de refugiados e no norte da Faixa de Gaza de mercados cheios de alimentos de todos os tipos“, diz o relatório.
Uma notícia do site Ynet deste domingo, 31, afirma que os preços dos alimentos caíram na Faixa de Gaza nos últimos dias, o que seria uma consequência do aumento da oferta de comida.
De acordo com Israel, o trabalho de duas usinas dessalinizadoras de água e de um de duto de água estariam fornecendo 20 litros de água por habitante do território.
O relatório do ministério israelense afirma que a quantidade de caminhões entrando no território é tão grande que as organizações locais não conseguem lidar com a chegada de tantas caixas.
Haveria centenas de caminhões aguardando orientações de funcionários da ONU, após terem atravessado a abertura de Kerem Shalom, já dentro da Faixa de Gaza.
Uma imagem divulgada nas redes sociais mostra pilhas de caixas e caminhões estacionados (abaixo).
ReproduçãoAjuda humanitária aguarda destino dentro da Faixa de Gaza
“Mais uma vez, o conteúdo de 400 camiões está à espera de ser recolhido e distribuído no lado de Gaza da passagem de Kerem Shalom após a inspeção israelense. As agências de ajuda não têm capacidade logística para realizar o seu trabalho. Elas devem reforçar a sua capacidade logística e admitir as suas falhas“, diz o texto.
O comunicado do Ministério da Defesa foi publicado como resposta a um relatório da ONU, segundo o qual 20% da população da Faixa de Gaza estaria sofrendo de falta de comida, com uma em cada três crianças subnutridas.
O documento da ONU ainda dizia que duas em cada 10 mil pessoas estariam morrendo diariamente de subnutrição ou de doenças.
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