Crusoé: Fiocruz é instrumentalizada para atacar Israel
Fundação ligada ao Ministério da Saúde publica revista acusando governo israelense de praticar um genocídio da população palestina
A Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, publicou na última edição de sua revista institucional Radis textos sobre um suposto “Genocídio na Palestina“.
Uma imagem da capa da revista aparece com destaque no site institucional da entidade (foto).
Os textos da revista trazem a mensagem de que Israel estaria promovendo intencionalmente um massacre da população palestina, principalmente de mulheres e crianças.
A edição ecoa declarações do presidente Lula. “O que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio. Porque está matando mulheres e crianças”, disse Lula em fevereiro.
Esta não é a primeira vez que órgãos do governo Lula são instrumentalizados para fins políticos e partidários. Em maio do ano passado, a Embratur, agência brasileira de turismo, comandada por Marcelo Freixo, foi usada para atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro. A agência publicou no Facebook a seguinte mensagem: “Polícia Federal faz buscas na casa de Bolsonaro. A investigação é por suspeita de falsificação de dados da vacinação contra Covid. Esse é somatório de um govenro que menos imunizou brasileiros e é responsável pela morte de milhares de brasileiros“.
“Cárceres subumanos e sob tortura”
No editorial da revista Radis, o editor-chefe Rogério Lannes Rocha diz que, até o início de outubro, “estimava-se mais de 50 mil pessoas mortas, 96 mil feridas, a maioria mulheres e crianças, e mais de 2 milhões de pessoas desalojadas. Em seus perfis das redes sociais, os próprios soldados israelenses divulgam vídeos que comprovam os crimes de guerra e contra a humanidade que organizações internacionais e diversos países denunciam à ONU: destruição sistemática de residências e infraestrutura urbanas, reservatórios de água, igrejas e mesquitas, escolas e universidades, hospitais e ambulâncias, assim como o assassinato de civis e profissionais de saúde e da imprensa. Nos vídeos, é possível constatar execuções aleatórias e o sequestro e aprisionamento de palestinos, incluindo jovens e crianças, mantidos em cárceres subumanos e sob tortura“.
Não há qualquer evidência de que soldados israelenses realizaram torturas e mantiveram pessoas em cárceres subumanos. Quem cometeu esse tipo de prática foram os terroristas do Hamas, que sequestraram reféns israelenses no dia 7 de outubro. Tudo, assim, não passa de uma tentativa de acusar os israelenses de cometer os crimes que eles próprios sofreram.
Uma das mais antigas formas de antissemitismo, aliás, era acusar os judeus de praticarem os atos dos nazistas ou de serem coniventes com eles.
Também não há nada indicando que o governo de Israel esteja buscando intencionalmente a morte da população palestina.
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