Crusoé: Direita moderada vence eleições municipais no Chile
“As previsões catastróficas de ambos os lados não se concretizaram. Temos um país diverso", declarou o presidente do Chile, Gabriel Boric
O Chile também realizou no fim de semana eleições municipais. Os resultados referentes aos prefeitos mostraram uma inclinação dos chilenos em votar na coalizão de oposição Chile Vamos, de direita tradicional, com 122 eleitos em comparação com o partido governante de esquerda, agrupado no pacto Contigo Chile Mejor, que obteve 111 municípios. Os independentes chegaram a 103.
O Partido Republicano, por sua vez, que não tinha municípios, assumiu oito. A nova formação conservadora, o Partido Social Cristão, ganhou a prefeitura, assim como o Centro Democrático. Os independentes, que tinham 105 prefeituras, ficaram com 104.
Nesta eleição, portanto, foi a direita moderada, representada pelo Chile Vamos, o bloco que mais cresceu em prefeitos: 122. O Partido Republicano, de uma direita mais radicalizada, liderado por José Antonio Kast, também ganhou terreno, passando de zero prefeitos ao número de oito.
Gabriel Boric
O partido governista do presidente Gabriel Boric perdeu o município de Santiago, o terceiro mais populoso do país, para a direita.
Santiago é um município emblemático do Chile, conhecido como ‘a mãe de todas as batalhas’ porque tem sido um preditor da cor política que mais tarde chega ao La Moneda. A preferência dos chilenos pela direita tradicional, neste caso a Renovación Nacional, uma formação moderada, ocorre no período que antecede as eleições presidenciais de 2025, onde Matthei, atual prefeito de Providencia, segundo todas as pesquisas é o político com maior liderança.
Em geral, a direita está recuperando terreno eleitoral, enquanto a centro-esquerda está perdendo terreno, sem, entretanto, ruir. Não se pode ainda falar de uma força política dominante no Chile. A eleição presidencial permanece aberta.
Na noite deste domingo, no La Moneda, o presidente Boric disse em discurso: “Estas eleições são doces e amargas para todos os setores. Não há ninguém que possa reivindicar triunfos esmagadores”.
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