Crusoé: Congresso espanhol pede que governo reconheça González como presidente da Venezuela
Parlamentares votaram moção para que o país, onde o líder venezuelano se exilou, lidere processo de reconhecimento também nas instituições da Europa
O Congresso espanhol aprovou nesta quarta-feira, 11, uma moção para que o governo do país reconheça o candidato de oposição Edmundo González como vencedor das eleições de julho na Venezuela.
O Partido Socialista Operário da Espanha, PSOE, do presidente Pedro Sánchez, e seu aliado de extrema-esquerda Sumar ficaram contra a medida. Mas foram derrotados pelo bloco de legendas de centro e direita formado por PP, Vox, PNV Coalición Canaria e Unión del Pueblo Navarro.
González desembarcou na Espanha como exilado no domingo, 8. A ditadura de Nicolás Maduro havia decretado sua prisão, inconformada com o fato de a oposição haver divulgado 83,5% das atas eleitorais no site Resultados con VZLA.
Embora o regime de Maduro acuse González de falsificação, a autenticidade dos documentos foi atestada e reconhecida por organismos como o Centro Carter, a ONU e a União Europeia. O próprio governo se recusa a divulgar as atas, apesar de ter assumido um compromisso internacional de transparência antes da votação.
São justamente esses os fatos mencionados pelos parlamentares espanhóis, ao requerer não apenas que González seja reconhecido internamente como presidente “legítimo”, mas também que o presidente Pedro Sánchez lidere um movimento para assegurar o mesmo reconhecimento nas instituições europeias.
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