Crusoé: Chavismo usa Bolsonaro como exemplo torto mais uma vez
Maduro relembrou que nenhum governo estrangeiro reconheceu a contestação do resultado das eleições de 2022; Mas, o TSE mostrou as atas
A ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela, voltou a usar o ex-presidente Jair Bolsonaro como exemplo torto para legitimar a fraude eleitoral de 28 de julho.
Desta vez, Maduro relembrou que nenhum governo estrangeiro reconheceu a contestação do resultado das eleições de 2022 feita por Bolsonaro e pelo Partido Liberal (PL) em novembro.
Menos ainda, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar o pedido naquele mesmo mês.
“No Brasil, houve eleições o então presidente Bolsonaro disse que haveria uma fraude e não reconheceu o resultado. Houve recurso ante o ‘Tribunal Supremo’ [TSE] e a decisão foi que os resultados eleitorais davam como vencedor o presidente Lula. Santa palavra no Brasil. E quem se meteu com o Brasil?”, disse Maduro em ato nesta quarta, 28, um mês depois da fraude.
Apontando para o público, o ditador acrescentou: “Você fez um comunicado? Você? Você? A Venezuela disse algo? Nós só dissemos respeitar as instituições brasileiras, e o Brasil resolve seus assuntos internamente, como deve ser”.
Maduro omite um detalhe. A diferença das autoridades eleitorais e judiciais, aparelhadas pelo chavismo, a Justiça Eleitoral brasileira divulgou as atas de todas as urnas em 2022.
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Primeira fantasia sobre Bolsonaro
O procurador-geral da República do chavismo na Venezuela, Tarek William Saab (foto), recomendou a oposição democrática a desistir de contestar a fraude eleitoral de 28 de julho.
Saab fez pronunciamento televisivo na sexta, 23 de agosto, após o Tribunal Constitucional, também aparelhado pelo chavismo,referendar a reeleição do ditador, Nicolás Maduro.
O procurador-geral do regime acusou a oposição de querer “causar um banho de sangue”.
Ele anunciou que o ex-candidato presidencial Edmundo González será indiciado a depor pela apuração da oposição. O partido de González e da líder opositora María Corina Machado se declarou vitorioso com cerca de 70% dos votos.
“Nas próximas horas Edmundo González será intimado para prestar declarações sobre sua autoria, onde se declara responsável pela página que usurpou da autoridade competente”, afirmou Saab.
González responderá por usurpação de funções, falsificação de documento público, instigação à desobediência de leis, crimes informáticos, associação para a prática de crime e formação de quadrilha.
Ainda em sua declaração desta sexta, Saab citou a derrota de Jair Bolsonaro em 2022 como exemplo de aceite do trâmite eleitoral.
Em referência à ação do Partido Liberal (PL) contestando votos do segundo turno com alegações falsas sobre a urna eletrônica, o procurador-geral do chavismo afirmou que Bolsonaro reconheceu na Justiça a competência de “examinar, verificar e decidir temas controversos”.
Ele ainda afirmou que o ex-presidente cumpriu sua determinação.
Saab, entretanto,…
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