Crusoé: Cai czar do petróleo da Venezuela
Venda de petróleo por criptomoedas foi uma maneira adotada pela ditadura da Venezuela para tentar escapar das sanções
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a prisão nesta terça, 9, do ex-ministro do Petróleo e ex-presidente da estatal petroleira PDVSA, Tareck El Aissami (na foto, com o ditador Nicolás Maduro).
Aissami é acusado de ter montado um esquema de venda de petróleo no mercado negro com o uso de criptomoedas, que pode ter lavado 23 bilhões de dólares.
A venda de petróleo por criptomoedas foi uma maneira adotada pelo governo venezuelano para tentar escapar das sanções ocidentais.
Terrorismo e narcotráfico
De família síria e libanesa, Aissami foi um membro poderoso do chavismo e homem de confiança dos ditadores Hugo Chávez e Nicolás Maduro.
Foi governador do estado de Arágua (2012-2017), vice-presidente de Maduro (2017-2018), ministro da Indústria (2018) e ministro do Petróleo (2020-2023).
Em 2020, os Estados Unidos pediram informações que levassem à prisão de Aissami, com uma recompensa de até 10 milhões de dólares por tráfico de drogas. “El Aissami facilitou o envio de narcóticos da Venezuela, incluindo o controle dos aviões que partiram de uma base aérea venezuelana e das rotas de droga através dos portos da Venezuela. Em seus cargos anteriores, ele supervisionou ou foi proprietário parcial de remessas de narcóticos de mais de mil quilos da Venezuela em diversas ocasiões, inclusive aquelas com destino final ao México e aos Estados Unidos“, diz o site do Departamento de Estado americano.
Aissami também atuou como o elo entre o chavismo e o extremismo islâmico, distribuindo passaportes venezuelanos para membros de organizações terroristas. Aissami e seu pai, Carlos Zaidan, recrutaram membros do Hezbollah, grupo terrorista libanês, para expandir a espionagem e o narcotráfico na América Latina.
Com ajuda do Irã, Aissami conseguiu retomar parte da produção petroleira da Venezuela. Contudo, o aumento das receitas acabou sendo comprometido pelo seu esquema de lavagem de dinheiro.
No ano passado, investigações levaram à demissão de Aissami. Ele passou cerca de um ano escondido no país, sendo monitorado por oficiais de Maduro. Desde então, Aissami sumiu das redes sociais.
Mais de 60 pessoas que trabalhavam no esquema de Aissami foram presas.
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