Crusoé: Biden aposta no declínio chinês
Em entrevista para a revista Time, o presidente e candidato a reeleição no s EUA acredita que Pequim está "na beira do precipício"
Joe Biden, o presidente americano e virtual candidato do partido Democrata à reeleição em 2024, concedeu uma entrevista à revista Time na qual disse apostar no declínio da China como principal concorrente econômico e militar da hegemonia de Washington. A fala foi dada à revista no dia 28 de maio e publicada nesta terça, 4.
Quando perguntado sobre sua política externa em um possível segundo mandato, ele entrou deliberadamente no assunto China. E as palavras não foram simpáticas:
“Você trocaria de lugar com Xi Jinping e qualquer outro país? Sem brincadeira, sendo real honesto. É uma pergunta retórica, mas você trocaria?”, começa Biden, questionando a Massimo Calabresi, o repórter que conduz a entrevista. “Você tem uma população consideravelmente mais velha que a vasta maioria da juventude da Europa, que é velha demais para trabalhar. E eles são xenófobos. De onde vai vir? Para onde vai crescer?”
Ele arremata com uma aposta: “É uma economia à beira do abismo. A ideia que a economia deles está bombando? Faça-me o favor.” Ele chega a insinuar que o governo chinês tentará interferir nas eleições de novembro, mas diz que não entraria em detalhes.
Ele dá mais atenção à Putin e a Rússia (“Em primeiro lugar, o exército russo está sendo dizimado”, asseverou) e a Israel — que ele indica estar em conversa diretas com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para evitar uma operação sangrenta em Rafah, na Faixa de Gaza.
Há uma única menção indireta ao Brasil e a floresta Amazônica, menor que as preocupações dele para a África: “Vamos ter um bilhão de pessoas na África nos próximos anos”, disse à Time (que checou a informação e garantiu que já há mais de um milhão de pessoas no continente, que deve dobrar de população até 2050).
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