Crusoé: base de Trump tentará derrubar mais um presidente da Câmara
Deputada próxima ao ex-presidente anunciou nesta quarta-feira, 1º, que pedirá um voto de desconfiança
A base de deputados do Partido Republicano mais radical, ligada ao ex-presidente Donald Trump, pedirá na próxima semana o afastamento do presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson (Republicano-Louisiana; foto).
A parlamentar Marjorie Taylor Greene (Republicano – Georgia), uma das mais próximas ao ex-presidente, anunciou nesta quarta-feira, 1º, que pedirá um voto de desconfiança para Johnson, no cargo desde outubro do ano passado. O motivo seria o mesmo que levou ao afastamento do seu antecessor, Kevin McCarthy (Califórnia): ter negociado com a Casa Branca, comandado pelo democrata Joe Biden, um pacote de ajuda militar para atender Israel e a Ucrânia.
Ela culpou o establishment do partido – um dos últimos bastiões de resistência a Trump – de minar os esforços do ex-presidente e ter “transformado” Mike Johnson. “Eu votei em Mike Johnson pelo seu histórico conservador antes de ele se tornar presidente. Ele votou contra dar dinheiro para a Ucrânia, ele era um sólido defensor da vida, votou por maiores medidas de proteção nas fronteiras, contra democratas e contra as ”caça às bruxas’ contra o ex-presidente Trump”, disse a parlamentar, conhecida por defender teorias conspiratórias desde sua campanha. “Hoje não o reconhecemos mais.”
MTG, como é conhecida, precisa de 218 votos para retirar o presidente. A partir deste ponto, no entanto, a matemática fica complexa e não passa necessariamente a favorecê-la.
Há 217 parlamentares na base republicana, e nem todos estão a favor de afastar o segundo presidente oito meses – repetindo algo que jamais havia ocorrido nos 234 anos anteriores de Câmara.
Ao mesmo tempo, há 212 deputados democratas. Alguns estariam felizes em afastar Jonhson, visto como uma figura conservadora e evangélica de oposição a tudo o que o governo apresenta. Nem todos, no entanto, pensam dessa maneira, seja porque um afastamento do cargo poderia levar a uma alternativa ainda mais radical, seja porque mais um processo de escolha poderia travar ainda mais o Congresso do país, um dos mais preguiçosos da história.
Desta forma,…
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