Coreia do Sul: Chefe da Jeju Air proibido de deixar o território
As investigações estão sendo conduzidas sob a acusação de "negligência profissional que causou a morte", conforme divulgado pela polícia da província de Jeolla do Sul
No dia 2 de janeiro, autoridades sul-coreanas realizaram uma série de buscas no aeroporto de Muan em resposta ao trágico acidente aéreo que resultou na morte de 179 pessoas.
As investigações estão sendo conduzidas sob a acusação de “negligência profissional que causou a morte”, conforme divulgado pela polícia da província de Jeolla do Sul.
Entre os alvos das restrições impostas, está o CEO da Jeju Air, Kim E-bae, que, junto a outros indivíduos, recebeu uma proibição de viajar.
Esta ação ocorre após o acidente envolvendo um voo da companhia, que culminou em uma aterrissagem forçada e subsequente incêndio.
A operação de busca teve início às 9h (00h00 GMT) e abrangeu não apenas o aeroporto de Muan, mas também as instalações da Jeju Air em Seul e um escritório da autoridade aeronáutica local.
Em comunicado à imprensa, a polícia reafirmou seu compromisso em identificar rapidamente as causas e responsabilidades associadas ao acidente.
Voo 2216 da Jeju Air
O trágico evento ocorreu no último domingo, quando o voo 2216 da Jeju Air, que vinha de Bangkok, aterrissou de forma irregular e colidiu com um muro no final da pista. Dentre os 181 ocupantes, apenas dois sobreviveram – uma comissária e um comissário de bordo – marcando este acidente como o mais mortal já registrado em solo sul-coreano.
As investigações contam com a participação de especialistas tanto sul-coreanos quanto americanos. Os investigadores localizaram as duas caixas-pretas do Boeing 737-800 acidentado; enquanto a caixa que registra os dados de voo será analisada nos Estados Unidos, a segunda caixa já passou por uma extração inicial de dados.
Inspeções rigorosas
Como parte das ações corretivas, todas as aeronaves do modelo Boeing 737-800 operadas por companhias aéreas sul-coreanas estão passando por inspeções rigorosas.
O foco principal dessas verificações é o sistema de trem de pouso, que parece ter falhado no avião acidentado. O presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, enfatizou a necessidade de “medidas imediatas” caso sejam identificados problemas durante essas inspeções.
Além disso, Choi destacou que devido à preocupação generalizada da população com a segurança desse modelo específico, é imperativo que o Ministério dos Transportes e outras agências realizem uma revisão abrangente das operações de manutenção e treinamento das tripulações.
Entre as hipóteses investigadas para o acidente está a possibilidade de uma colisão com aves; no entanto, o local do acidente apresenta também questões relacionadas à infraestrutura do aeroporto, especificamente a presença do muro que foi impactado pelo avião antes do incêndio.
Em meio à tragédia, manifestações de luto e apoio têm sido vistas nas proximidades do local do acidente. Familiares das vítimas deixaram mensagens emocionantes e oferendas em memória dos entes queridos perdidos. Um ato simbólico foi realizado na quarta-feira, quando familiares puderam visitar o local pela primeira vez desde o ocorrido e realizar suas despedidas.
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