Coreia do Norte afronta EUA com novo teste de míssil balístico
A Coreia do Norte testou no domingo, 17, um míssil balístico de longo alcance que poderia atingir qualquer lugar no território continental dos EUA...
A Coreia do Norte testou no domingo, 17, um míssil balístico de longo alcance que poderia atingir qualquer lugar no território continental dos EUA.
O lançamento é visto como protesto contra as estratégias de dissuasão e contingência nuclear tomadas em conjunto pela Coreia do Sul e EUA face à crescente ameaça nuclear da Coreia do Norte.
Washington e Seul aumentaram a intensidade dos seus exercícios militares conjuntos, incluindo o destacamento temporário de porta-aviões, bombardeiros com capacidade nuclear e um submarino com armas nucleares perto da Coreia do Sul.
O governo norte-coreano disse que o envio do USS Missouri à base sul-coreana poderia ser classificado como o “prelúdio de uma guerra nuclear”.
O Ministério da Defesa da Coreia do Norte criticou a decisão de Seul e Washington de incluir cenários de operações nucleares nos seus exercícios militares conjuntos, descrevendo-os como uma ameaça aberta de “forças hostis”.
O vice-ministro parlamentar da defesa do Japão disse que o míssil lançado em 17 de dezembro pela Coreia do Norte poderia ter um alcance de mais de 15 mil quilômetros, dependendo da trajetória e do tamanho da ogiva: “Nesse caso, todo o território dos EUA estaria dentro do alcance”.
O míssil percorreu cerca de 1.000 km (620 milhas) e atingiu uma altitude de mais de 6.000 km antes de cair no mar, fora da zona econômica exclusiva do Japão, na ilha de Hokkaido, no extremo norte, depois de voar por 73 minutos.
Os residentes de Hokkaido estão temerosos com os mísseis norte-coreanos, alguns dos quais sobrevoaram a ilha durante voos de teste, desencadeando alertas para o público se proteger.
O governo japonês convocou uma reunião do seu conselho de segurança nacional. O primeiro-ministro, Fumio Kishida, condenou o lançamento: “Os lançamentos não são apenas uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, mas também uma ameaça à paz e à estabilidade da região e nós os condenamos veementemente”, disse ele.
As animosidades entre a Coreia do Sul e Coreia do Norte aprofundaram-se depois de a Coreia do Norte ter lançado o seu primeiro satélite de reconhecimento militar no espaço, em 21 de Novembro, em violação das proibições da ONU.
Na ocasião, Coreia do Sul, os EUA e o Japão condenaram veementemente o lançamento e a Coreia do Sul anunciou planos para retomar a vigilância aérea na linha de frente em resposta.
A Coreia do Norte retaliou rapidamente restaurando postos de guarda de fronteira. Ambas as medidas violam um acordo entre as Coreias, de 2018, sobre o alívio das tensões militares na linha da frente.
Os Estados Unidos já alertaram a Coreia do Norte de que qualquer ataque nuclear contra a nação ou seus aliados é inaceitável e resultará no fim do regime Kim Jong-un.
O alerta, emitido neste sábado, 16 de dezembro, em um comunicado conjunto dos EUA com a Coreia do Sul, afirma que “qualquer ataque da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul será retaliado com uma resposta rápida, esmagadora e final”.
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