Consulado da Venezuela em Lisboa é alvo de ataque com artefato incendiário
Um coquetel molotov atingiu a fachada do prédio, que estava fechado, sem causar vítimas ou danos significativos
O governo português condenou neste domingo, 12, o ataque ao Consulado da Venezuela em Lisboa, ocorrido na noite de sábado, com o lançamento de um artefato incendiário.
De acordo com a imprensa local, um coquetel molotov atingiu a fachada do prédio, que estava fechado, sem causar vítimas ou danos significativos.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Portugal afirmou que “condena veementemente o ataque” e determinou “um reforço imediato da segurança e uma investigação policial”. O texto também lembrou que “a inviolabilidade das missões diplomáticas deve ser respeitada em todos os casos”.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, responsabilizou “os grupos fascistas” pelo ataque e destacou que “as agressões irracionais não conseguirão reverter os avanços da Revolução Bolivariana”. Gil agradeceu ainda “a rápida intervenção das autoridades portuguesas”.
O ataque ocorre em meio a um cenário de tensão política na Venezuela, dias depois de o ditador Nicolás Maduro assumir um novo mandato, em eleições fraudadas.
Recorde de presos políticos
A ONG Foro Penal, que atua em defesa dos direitos humanos na Venezuela, publicou um balanço no qual aponta recorde de presos políticos no país no século XXI.
“Registramos o maior número de presos com fins políticos conhecido na Venezuela, pelo menos no século XXI. Continuamos recebendo e cadastrando detidos“, afirmou a Foro Penal.
De acordo com a organização, existem 1.697 presos políticos, sendo 1.495 homens e 202 mulheres, desde 2 de janeiro.
No balanço, a Foro Penal destaca que são 1.552 pessoas presas sem condenação, 145 condenados, 112 ainda sem julgamento e 15 sem status.
Além disso, a ONG aponta que o paradeiro de 38 indivíduos ainda é desconhecido.
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