Conheça países ao redor do mundo que têm o “X” bloqueado
Elon Musk enfrenta o STF em uma batalha sobre liberdade de expressão, destacando tensões globais e o futuro da internet
No último domingo, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) chamou a atenção do mundo todo. Elon Musk, conhecido por ser o proprietário do X (anteriormente Twitter), enfrenta agora um inquérito sob as acusações de obstrução de Justiça e outros delitos. Este movimento destaca não apenas as tensões entre autoridades judiciais e grandes empresas de tecnologia, mas também levanta questões sobre a liberdade de expressão e o controle da informação na era digital.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, tomou a frente nesta ação, impondo severas restrições ao X e incluindo Musk em um inquérito dedicado a investigar as chamadas milícias digitais. Com o mundo observando, as repercussões desta decisão e suas implicações globais se tornam ainda mais significativas.
Quais são os principais pontos da decisão do STF?
Sob a determinação de Moraes, o X está proibido de desobedecer ordens judiciais, sobretudo aquelas que bloqueiam perfis em decorrência de decisões do STF ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O descumprimento dessas ordens pode levar a empresa a enfrentar multas diárias, reforçando o arcabouço legal que busca regular o espaço digital.
Por que países ao redor do mundo bloqueiam o acesso ao X?
A questão do bloqueio ao X (e outras redes sociais) em diversos países chama atenção para o modo como regimes políticos controlam o fluxo de informação. Desde a China, que restringe o acesso a várias plataformas desde 2009, até a recente decisão da Rússia de bloquear o X em meio a conflitos, a lista de nações que restringem redes sociais é longa e diversa: Mianmar, Irã, Coreia do Norte, e Turcomenistão também fazem parte deste grupo.
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- China: Acesso bloqueado desde 2009, sobretudo para controlar as narrativas em torno de eventos como o aniversário da repressão na Praça Tiananmen.
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- Mianmar: O regime militar estendeu sua repressão para o ambiente digital após o golpe de Estado de 2021, bloqueando múltiplas plataformas sociais.
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- Irã: Desde os protestos da Revolução Verde em 2009, o acesso ao X permanece bloqueado para evitar a organização e amplificação das manifestações.
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- Coreia do Norte: Com um controle extremamente rígido da informação, poucos têm acesso à Internet, e sites como o X são bloqueados oficialmente.
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- Rússia: Em resposta aos conflitos com a Ucrânia, o governo bloqueou o acesso ao X e outras plataformas sociais em 2022.
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- Turcomenistão: O governo impõe um controle severo sobre a imprensa e a internet, mantendo os cidadãos afastados de fontes globais de informação.
Este panorama global de controle da Internet levanta questões fundamentais sobre a liberdade, a democracia e o poder dos governos sobre a informação na era digital. A decisão brasileira contra Elon Musk e o X não é um caso isolado, mas faz parte de uma tendência maior de disputa pelo controle da informação.
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