Confronto entre forças sírias e apoiadores de Assad deixa mortos
Grupo tentava prender um oficial responsável pelos "crimes da prisão de Sedanaya"
Membros da força de segurança do governo sírio e aliados do ditador deposto Bashar Assad entraram em confronto em Khirbet al-Maaza, na província de Tartus, que deixou ao menos nove mortos nesta segunda-feira, 25.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, o grupo tentava prender um oficial responsável pelos “crimes da prisão de Sedanaya“.
A ONG disse que o homem atuava como “diretor do departamento de justiça militar e chefe do tribunal de campo” e que emitiu sentenças de morte conra os prisioneiros.
Segundo o ministro do Interior da Síria, Mohamed Abdel Rahman, 14 membros foram mortos por apoiadores do regime de Assad.
Um integrante do Tahir al-Sham (HTS) confirmou o embate em Tartus, segundo a AFP.
Toque de recolher
O novo governo sírio impôs toque de recolher aos moradores de Homs após manifestações do grupo étnico dos alauítas nesta segunda-feira, 25.
Os protestos eclodiram em decorrência da divulgação de um suposto vídeo em que as forças do HTS estariam atacando um santuário.
Também foram registradas manifestações em Jableh, Tartus e Latakia.
Segundo o Ministério do Interior, o vídeo que teria gerado a revolta dos alauítas foi gravado durante a tomada de Aleppo, em novembro, contra as forças do ditador deposto Bashar Assad.
Prisão de Sednaya
Milhares de sírios estiveram na prisão de Sednaya, nos arredores de Damasco, à procura de familiares presos pelo ditador deposto Bashar Assad.
Nas redes sociais, as fortes imagens mostraram como o complexo prisional tornou-se um dos símbolos das inúmeras violações de direitos humanos do regime de Assad.
Os registros de corpos amontoados, parcialmente contaminados por ácidos químicos, reforçam o terror promovido pela ditadura síria.
Sednaya se tornou um símbolo da opressão das violações de direitos humanos de Assad, principalmente na guerra civil de 2016, quando apoiado pelo ditador russo Vladimir Putin.
Leia mais: “Governo sírio impõe toque de recolher após protestos de alauítas”
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