Como os portugueses enxergam o Brasil (e os brasileiros)
Pelo menos 47,7% dos portugueses avaliam a imagem dos brasileiros apenas como regular
Um levantamento realizado pelo Instituto Paraná em Portugal aponta que a imagem dos brasileiros no país não é boa.
Quase metade dos entrevistados, 47,7%, avalia a imagem dos brasileiros apenas como regular, enquanto 36,5% a classificam como ótima ou boa, e 14,4%, ruim ou péssima. Apenas 1,3% não respondeu.
Entre os homens, a avaliação é positiva para 38,5%, regular para 44,4% e negativa para 15,5%. Entre as mulheres, 34,7% disseram enxergar os brasileiros de forma positiva, 50,7%, de modo regular, e 13,5% de forma negativa.
Na divisão por região, as melhores avaliações foram constatadas no Alentejo, onde 41% dos entrevistados afirmaram que a imagem do povo brasileiro é ótima ou boa.
Por outro lado, a região central de Portugal é a que pior avalia o povo brasileiro. Para 47,9% dos entrevistados a imagem é apenas regular e para 16,6%, ruim ou péssima.
Brasil, o país do futebol ou da violência?
O Instituto Paraná também questionou os portugueses quais características são mais associadas ao Brasil e ao brasileiros.
Segundo a pesquisa, a mais citada foi insegurança e violência, 65,7%, seguida por alegria, 62,9%, e corrupção, 57,7%. O futebol, do qual o país se orgulha em ser referência mundial e de ter produzido tantos craques, ficou em quarto lugar e foi mencionado por 56,7%.
Reféns do crime
Como mostrou Crusoé, existem dois Brasis em matéria de segurança pública. O primeiro é o de estados como São Paulo e Santa Catarina, que têm taxas de homicídio de 8,4 mortes por 100 mil habitantes e 9,1 por 100 mil habitantes, respectivamente — valores próximos aos da Argentina, com 6 por 100 mil. O segundo é o de estados como Alagoas e Bahia, que chegam perto das 50 por 100 mil habitantes, índice digno de uma Venezuela ou de uma Jamaica.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública contabilizou 40.464 homicídios no Brasil em 2023. O número, no entanto, caiu 4,09% em relação a 2022.
A pasta também informou que os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) caíram 23,64% em 2023, quando foram registrados 953 ocorrências do tipo.
Em 2022, o número de latrocínios chegou a 1.248.
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