Comissário da ONU vê “perigo” em Bolsonaro e associa conservadorismo às “cavernas”
Discursos como o de Jair Bolsonaro sobre direitos humanos podem representar “um perigo” para certas parcelas da população no curto prazo e para “o país todo” no longo prazo. Foi o que disse Zeid Al Hussein, alto comissário da ONU para Direitos Humanos, quando questionado...
Discursos como o de Jair Bolsonaro sobre direitos humanos podem representar “um perigo” para certas parcelas da população no curto prazo e para “o país todo” no longo prazo.
Foi o que disse Zeid Al Hussein, alto comissário da ONU para Direitos Humanos, quando questionado pelo Estadão sobre a popularidade do presidenciável do PSL.
Para Zeid, o “instrumento” usado para ver o avanço de tais posições é “simples”.
“Quando as pessoas estão ansiosas, quando existem incertezas econômicas, globais ou não, por conta da crise nas commodities nos últimos anos, ao dar uma resposta simplista e tocando nas emoções naturais das pessoas – e talvez olhando para uma liderança mais forte, firme – é uma combinação que é bastante poderosa”, disse o alto comissário.
“O perigo é que isso venha às custas de um certo grupo no curto prazo e, no longo prazo, de todo o país. Temos de ser mais conscientes de exemplos históricos. Não é para dizer que o progresso humano foi fácil. Eu confesso que, de muitas maneiras, não entendo o pensamento conservador. Se apenas escutássemos a isso, talvez alguns de nós ainda estivéssemos em cavernas. O progresso ocorreu porque estipulamos que todos devem ter direitos iguais.”
Semanas atrás, Bolsonaro declarou:
“Se eu for presidente eu saio da ONU, não serve para nada esta instituição.”
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