Começa julgamento que pode tirar Le Pen da disputa de 2027
Pesquisas sugerem que a líder francesa da direita nacionalista está mais perto do que nunca de ganhar a presidência. Um veredito de culpa, porém, pode frustrar suas ambições presidenciais e impedi-la de concorrer à presidência em 2027
Marine Le Pen e membros do seu partido estão sendo julgados pela acusação de usarem dinheiro do Parlamento Europeu para pagar funcionários.
Pesquisas sugerem que a líder francesa da direita nacionalista está mais perto do que nunca de ganhar a presidência. Um veredito de culpa, porém, pode frustrar suas ambições presidenciais e impedi-la de concorrer à presidência em 2027.
“Não violamos nenhuma regra”: declarou Marine Le Pen, na segunda-feira, 30 de setembro, na abertura do seu julgamento e de outras 24 pessoas do seu partido Ressemblement National (RN), suspeitas de terem desviado fundos do Parlamento Europeu para pagar funcionários do partido. O suposto esquema ocorreu entre 2004 e 2016.
O julgamento começou com a enumeração dos crimes imputados a cada um dos arguidos – “um pouco longos e um pouco enfadonhos mas obrigatórios”, alertou.
“Responderei a todas as perguntas que o tribunal me quiser fazer”, garantiu Marine Le Pen durante o seu primeiro discurso no tribunal. Antes de entrar no tribunal de Paris, que acolherá durante dois meses este julgamento com pesados riscos políticos para a líder da direita nacionalista, Le Pen disse estar completamente “serena”.
“Temos muitos argumentos a desenvolver para defender o que me parece ser a liberdade parlamentar que está em causa neste caso”, acrescentou a presidente do grupo do RN na Assembleia, antes de entrar na sala onde está sentada na primeira fila, rodeada por Nicolas Crochet, um contador também em julgamento, e Catherine Griset, uma amiga muito próxima, também acusada no julgamento.
Participarão do julgamento nove ex-deputados europeus da Frente Nacional (renomeada RN), incluindo Marine Le Pen, Louis Aliot, agora vice-presidente do RN, o ex-número dois do partido Bruno Gollnisch, e o deputado e porta-voz do RN Julien Odoul.
Ao lado deles, doze pessoas que foram seus assistentes parlamentares e quatro colaboradores do partido serão também julgados até 27 de novembro. A líder do RN indicou que pretende aparecer o máximo possível perante os juízes.
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