O comandante da ala militar do Hamas, Muhammad Deif, foi morto em um ataque aéreo israelense no sul da Faixa de Gaza no mês passado, confirmaram as Forças de Defesa de Israel nesta quinta-feira, 1º de agosto. A inteligência israelense verificou a morte de Deif nas últimas horas.

“Parabenizo as FDI, o Shin Bet e as forças de segurança pela eliminação bem-sucedida de Muhammad Deif”, afirmou o líder da oposição Yair Lapid. “É uma conquista militar de importância sem precedentes. As conquistas militares de Israel devem ser traduzidas em ganhos políticos estratégicos, e tudo deve ser feito para trazer os reféns de volta para casa agora.”

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, celebrou a morte de Deif como um “grande passo” para erradicar o Hamas. “A morte do assassino Muhammad Deif, o ‘Bin Laden de Gaza’, em 13 de julho de 2024, é um grande passo no caminho para erradicar o Hamas como uma organização militar e governamental, e para alcançar os objetivos da guerra que estabelecemos”, disse Gallant em uma publicação na plataforma X, junto com uma foto onde ele risca o nome de Deif em um quadro que mostra a estrutura do grupo terrorista.

Um dos mais procurados

Muhammad Deif, de 58 anos, comandou as Brigadas Izz al-Din al-Qassam por mais de duas décadas e foi um dos terroristas mais procurados por Israel. Ele foi um dos arquitetos do ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de aproximadamente 251 indivíduos levados como reféns para Gaza.

“O sistema de segurança perseguirá os terroristas do Hamas – dos planejadores do massacre de [7 de outubro] aos executores – e não descansará até que a missão seja completada”, afirmou Gallant.

O ataque aéreo que matou Deif foi direcionado a um complexo pertencente a Rafa’a Salameh, comandante da Brigada Khan Younis do Hamas, onde Deif estava presente. A operação contou com uma vigilância intensiva dos aviões de combate israelenses sobre o local antes do ataque ser autorizado.

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Haniyeh

Na terça-feira, 30, morreu Ismail Haniyeh (foto), líder do Hamas, que foi assassinado em Teerã após participar da cerimônia de posse do recém-eleito presidente iraniano Masoud Pezeshkian. Israel não reivindicou a autoria de sua morte.

Haniyeh deixou um legado de extrema violência e corrupção. Em sua última declaração, feita em 8 de junho de 2024, ele reafirmou a posição do Hamas de continuar a guerra: “O nosso povo não se renderá e a resistência continuará a defender os nossos direitos frente a esse inimigo criminoso. E se a ocupação acredita que pode nos impor as suas escolhas pela força, está delirando”.