CIDH apela por pressão na Venezuela: “Só será tarde quando houver silêncio”
Fora o governo Lula e outras ditaduras amigas, o ditador Nicolás Maduro conseguiu unir o mundo contra a fraude eleitoral
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) permanece firme em sua condenação do desenvolvimento do processo eleitoral na Venezuela e instou a comunidade internacional a não diminuir a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.
“Só será tarde quando houver silêncio”, afirmou a comissária da OEA Gloria Monique de Mees à agência EFE.
“No momento em que houver silêncio por parte da comunidade internacional, por parte dos países do sistema interamericano, será tarde demais”, acrescentou.
Como mostramos, onze países anunciaram que não reconhecerão a eleição de Maduro, ao menos sem a apresentação das atas das urnas, que comprovariam a farsa.
Os governos de Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Urugua emitiram na sexta-feira, 23 de agosto, um comunicado conjunto para condenar a manobra da ditadura.
No dia anterior, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela validou a farsa eleitoral realizada por Maduro para se manter no poder.
De Mees contestou a validade e a integridade da decisão.
“Em primeiro lugar, porque a validação dos resultados eleitorais está fora do seu mandato e jurisdição”, afirmou a comissária, acrescentando que a não publicação das atas eleitorais “é um sinal claro” de que há uma tentativa de “consolidar o poder do regime”.
A CIDH já tinha exigido a restauração urgente da ordem democrática e do Estado de direito na Venezuela, além do acesso aos dados eleitorais por meio da divulgação de todas as atas.
Fora o governo Lula e outras ditaduras amigas, o ditador Nicolás Maduro conseguiu unir o mundo contra a fraude eleitoral de 28 de julho.
Na carta, os países signatários reiteraram que “apenas uma auditoria imparcial e independente dos votos” poderia garantir o respeito à vontade popular e à democracia na Venezuela.
Eles também manifestaram sua profunda preocupação com a violação dos direitos humanos perpetrada contra os cidadãos que exigem a apresentação das atas e o reconhecimento da vitória de Edmundo González.
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