Após um hiato de seis anos, foi acordado o reinício das conversas regulares entre os partidos governantes da China e do Japão. Este avanço ocorre num contexto de tensões recentes, incluindo as preocupações do Japão com as atividades marítimas da China e os protestos chineses contra a descarga de água tratada de Fukushima no oceano.

Uma nova página nas relações bilaterais foi incentivada pela disposição expressa por líderes chineses e japoneses de retomar os diálogos para resolver desavenças passadas e restaurar as boas relações. Este reencontro de diplomacia se dá num momento oportuno, marcado pela necessidade de cooperação econômica e segurança regional.

Qual a Importância dos Diálogos Entre os Partidos Governantes?

A retoma dos diálogos é crucial na estabilização das relações entre as duas maiores economias asiáticas. O secretário geral do Partido Democrático Liberal do Japão, Toshimitsu Motegi, confirmou o acordo durante uma visita de Liu Jianchao, que lidera o organismo do Partido Comunista Chinês encarregado de gerir as relações externas, a Tóquio. Liu mostrou-se especialmente empenhado em reiniciar o Conselho de Intercâmbio dos Partidos Governantes Japão-China.

Detalhes e Expectativas do Reinício dos Diálogos

Embora os detalhes precisos e calendário dos encontros ainda estejam sendo definidos, a confirmação de que as conversas recomeçarão destaca um interesse mútuo em renovar e fortalecer os laços intergovernamentais. Sessões anteriores, antes de 2018, ocorriam aproximadamente uma vez por ano, e a expectativa é que se mantenham nessa frequência.

Reações e Contexto Global dos Diálogos

A decisão foi bem recebida por políticos de ambos os países. Enquanto isso, o contexto global de tensões, especialmente relacionadas ao comércio e segurança, adiciona uma camada de urgência e importância à retoma destas conversas. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, expressou durante a reunião a intenção de construir relações estáveis e construtivas com a China, reiterando a importância das trocas entre partidos políticos para o desenvolvimento das relações bilaterais.