China critica passagem de fragata alemã pelo estreito de Taiwan
"A China rejeita provocações e ameaças de estados relevantes contra a soberania e segurança da China sob o pretexto da liberdade de navegação", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em Pequim
Pela primeira vez desde 2002, um navio de guerra alemão conseguiu passar pelo estreito entre a China e Taiwan. Pequim, que vê Taiwan como uma província separatista e o mar como seu território, não está feliz.
Pequim fez comentários críticos sobre uma passagem da fragata alemã “Baden-Württemberg” pelo estreito entre a China e Taiwan (Estreito de Taiwan).
“A China rejeita provocações e ameaças de estados relevantes contra a soberania e segurança da China sob o pretexto da liberdade de navegação”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em Pequim, em resposta a uma pergunta sobre a possível rota do navio de guerra da Bundeswehr.
“As águas do Estreito de Taiwan são águas chinesas”, disse Mao Ning. Pequim respeita o direito de navegação de todos os países nas águas, mas de acordo com a legislação chinesa e o direito internacional”, concluiu o porta-voz
Fragata “Baden-Württemberg”
A revista Spiegel já havia informado que a rota da fragata alemã passaria pelo Estreito de Taiwan. Navios de guerra de outros países, como os EUA, também passaram pelo estreito no passado, em meio a protestos de Pequim.
A liderança da fragata alemã não comentou os planos de rota por razões de “segurança operacional”. “Estamos exercendo aqui a liberdade das águas internacionais. Portanto, não há razão para dizer nada sobre a rota que estamos tomando”, disse Axel Schulz, almirante da marinha alemã.
A fragata “Baden-Württemberg” e o fornecedor da força-tarefa “Frankfurt am Main” estão atualmente na Coreia do Sul durante a sua missão no Pacífico, onde estiveram recentemente envolvidos na monitorização das sanções da ONU contra a Coreia do Norte.
China diz que laços com Filipinas estão em encruzilhada
Nos últimos meses, as Filipinas e a China trocaram acusações de colidir intencionalmente com embarcações da guarda costeira na hidrovia disputada, incluindo um violento confronto em junho, no qual um marinheiro filipino perdeu um dedo.
“As relações entre a China e as Filipinas estão em uma encruzilhada, enfrentando uma escolha de qual caminho seguir”, lê-se em um comentário nessa segunda-feira, 9 de setembro, pelo Diário do Povo, o jornal do Partido Comunista. O comentário foi publicado sob o pseudônimo de “Zhong Sheng”, que significa “Voz da China”, frequentemente usado para dar a opinião do jornal sobre questões de política externa.
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