Chile exclui empresas israelenses de grande feira aeroespacial
Descubra por que o Chile decidiu excluir empresas israelenses da tradicional Feira do Ar e do Espaço em resposta à ofensiva contra a Palestina.
Na última terça-feira, 5, o Ministério da Defesa do Chile fez um anúncio surpreendente: empresas de Israel serão excluídas da Feira do Ar e do Espaço (FIDAE) de 2024, a maior feira aeroespacial e de defesa da América Latina. O Governo do Chile tomou essa decisão em resposta à ofensiva militar contra a Palestina.
A FIDAE, realizada pela Força Aérea chilena, é conhecida mundialmente como uma das cinco maiores feiras aeroespaciais, se destacando como a principal na América Latina. Ela reúne expositores de mais de 40 países e acontecerá em 2024, entre 9 e 14 de abril.
Reação à Ofensiva Militar contra Palestina
Essa reviravolta tem suas raízes na intensificação da ofensiva militar israelense em Gaza, trazendo consequências diplomáticas. Segundo o presidente chileno Gabriel Boric, as operações constituem “um castigo coletivo à população civil palestina”, além de violar as “normas fundamentais do Direito Internacional”.
Com a situação em Gaza se agravando, o Chile convocou seus embaixadores para uma consulta, um sinal de alta tensão entre os governos. A situação foi tal que o porta-voz da chancelaria israelense, Lior Haiat, expressou esperanças de que o Chile e a Colômbia “apoiassem o direito de um país democrático de proteger seus cidadãos”.
Suspensão das Compras de Armas de Israel pela Colômbia
Paralelamente a isso, a Colômbia anunciou que estaria suspendendo todas as compras de armas de Israel. O presidente Gustavo Petro chamou a ação militar de Israel de “genocídio” e comparou-a ao Holocausto em uma publicação na rede social X.
Petro mandou uma mensagem clara ao primeiro-ministro israelense, escrevendo no X: “O mundo deve bloquear o Netanyahu”. Dessa forma, tanto o Chile quanto a Colômbia figiram-se exemplos de uma mudança na atitude dos países latino-americanos em relação a Israel.
No que essa situação poderá resultar ainda é incerto, mas o que é certo é que com essas ações, tanto o Chile quanto a Colômbia estão mudando a abordagem em relação a Israel e expressando claramente sua desaprovação à ofensiva em Gaza.
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