Chefe de segurança de Corina Machado é detido pela ditadura
"Alerto o mundo sobre a escalada de repressão de Maduro contra aqueles que trabalham na Campanha ou nos ajudam em qualquer parte do país. Maduro fez da violência e da repressão a sua campanha", escreveu Maria Corina Machado
O partido da líder política venezuelana, María Corina Machado, denunciou que nas primeiras horas da manhã dessa quarta-feira, 17 de julho, os agentes do regime de Nicolás Maduro sequestraram o seu chefe de segurança, Milciades Ávila.
Em suas redes sociais, Corina Machado denunciou o ocorrido:
“Milciades Ávila faz parte da nossa equipe há 10 anos e hoje é o chefe da nossa unidade de proteção. Anteriormente, ele teve uma excelente carreira na polícia.
Ávila me acompanhou por todo o país e arriscou a vida para me defender.
Esta manhã ele foi sequestrado pelo regime acusado de violência de gênero contra algumas mulheres que, no último sábado, tentaram atacar Edmundo e a mim em La Encrucijada.
Existem dezenas de testemunhas e vídeos que demonstram que este ato foi uma provocação planejada para nos deixar sem proteção 11 dias antes de 28 de julho.
Alerto o mundo sobre a escalada de repressão de Maduro contra aqueles que trabalham na Campanha ou nos ajudam em qualquer parte do país.
Maduro fez da violência e da repressão a sua campanha.
Responsabilizo Nicolás Maduro pela integridade física de Milciades Ávila e das outras 24 pessoas das nossas equipes sequestradas e hoje prisioneiras da tirania.”
Prisões arbitrárias
O acontecimento ocorre em meio à pior onda de perseguição contra a equipe de um político venezuelano dos últimos anos.
A organização do Fórum Penal informou que, só neste ano, 102 pessoas relacionadas a Machado foram presas.
Além disso foram confiscados cavalos, barcos, motocicletas e veículos, que levaram Corina Machado em suas viagens para promover o voto em Edmundo González Urrutia.
Instalações comerciais – humildes, pequenas e grandes – também foram fechadas por acolher ou vender alimentos à equipe do líder da oposição. Os líderes de sua equipe mais próximos foram presos e os que sobraram recebem ameaças constantes do regime chavista.
Machado e outros líderes da oposição exigiram respeito pela liberdade de organização durante a campanha, conforme estabelecido pelas regras do Conselho Nacional Eleitoral e pelo acordo de Barbados assinado pela oposição e pelo regime de Maduro, que tem a pior popularidade desde que o chavismo chegou ao poder.
Leia mais: Como Maduro sabota o direito de voto dos venezuelanos?
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