Chanceler alemão visita local de ataque em feira natalina: “Ato terrível”
Um veículo conduzido por médico saudita avançou contra multidão, provocando mortes e dezenas de pessoas feridas gravemente
O chanceler alemão, Olaf Scholz, visitou neste sábado, 21, a cidade de Magdeburg, onde um ataque deliberado com carro em uma feira natalina deixou cinco mortos e mais de 200 feridos na noite de sexta-feira.
Scholz, acompanhado por ministros e políticos locais, depositou flores na entrada da igreja Johanneskirche, onde um memorial será realizado.
A tragédia ocorreu por volta das 19h (horário local). Um veículo conduzido por Taleb A., médico saudita de 50 anos, avançou contra a multidão, causando mortes e ferimentos graves em dezenas de pessoas. O motorista foi detido no local.
Segundo autoridades, entre os feridos, mais de 40 estão em estado grave.
No sábado, duas novas mortes foram confirmadas, elevando o número de vítimas fatais para cinco. Scholz lamentou o ataque, classificando o ato como “terrível e insano”.
“Que ato terrível é ferir e matar tantas pessoas com tanta brutalidade”, disse o chanceler alemão, que prometeu “medidas contra aqueles que querem semear o ódio”.
“É importante, enquanto país, que nos mantenhamos unidos, que nos mantenhamos unidos e que falemos uns com os outros”, acrescentou.
O autor do ataque
Taleb A, o autor do ataque, vive na Alemanha desde 2006 e possui residência permanente. Segundo a imprensa alemã, ele não tinha histórico de simpatias jihadistas e apoiava posições do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), classificado como extremista de direita em três estados alemães pelo serviço de proteção constitucional.
Nas redes sociais e em entrevistas recentes, Taleb A. expressava críticas à política migratória alemã, além de teorias conspiratórias envolvendo perseguição a ex-muçulmanos.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, afirmou que mercados de Natal são alvos recorrentes de ataques por seu simbolismo e destacou a necessidade de reforçar a segurança.
A polícia continua investigando os motivos do crime e analisa publicações do suspeito nas redes sociais, que incluíam mensagens de vingança.
O incidente ocorre oito anos após o ataque jihadista que matou 13 pessoas em um mercado de Natal em Berlim.
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