O assessor especial da Presidência Celso Amorim se reuniu, nesta quarta-feira (8), com o ditador Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela.
O ex-ministro das Relações Exteriores foi escolhido para chefiar a missão brasileira ao país vizinho. A agenda, no entanto, não havia sido informada publicamente pelo governo federal.
“Tive um agradável encontro com a Delegação da República Federativa do Brasil, chefiada por Celso Amorim. Estamos empenhados em renovar nossos mecanismos de união e solidariedade que garantam o crescimento e o bem-estar da Venezuela e do Brasil”, escreveu Maduro, no Twitter.
Suspensas em 2019, as relações diplomáticas entre o governo brasileiro e o regime chavista foram retomadas com a volta de Lula à Presidência em 1º de janeiro.
Lula sempre apoiou as ditaduras de Hugo Chávez e de Nicolás Maduro. Em 2005, ele afirmou: “Eu não sei se a América Latina teve um presidente com as experiências democráticas colocadas em prática na Venezuela. Poder-se-ia até dizer que [a Venezuela] tem excesso [de democracia].”
Após uma década de comando de Maduro, no paraíso do PT, três quartos dos venezuelanos vivem com menos de US$ 1,90 por dia – a referência internacional da pobreza extrema.
Segundo economistas independentes ouvidos pela Associated Press, enquanto o salário mínimo pago em bolívares equivale a US$ 5 por mês, uma cesta básica de bens para uma família de quatro pessoas custava US$ 372 em dezembro.
Em 2020, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas estimou que um terço dos venezuelanos era vítima da subnutrição.
A ONG Centro de Difusão do Conhecimento Econômico, Cedice, calcula que a inflação na Venezuela ultrapassou 300% em 2022. Apenas o setor de alimentos registrou altas de até 332,43%.
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